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Brasil convoca reunião do Conselho de Segurança da ONU

Foto Bryan R. Smith/AFP
Foto Bryan R. Smith/AFP

O Brasil convocou uma nova reunião do Conselho de Segurança da ONU para sexta-feira, para discutir a situação na Faixa de Gaza, anunciou, na quarta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros brasileiro.

O chefe da diplomacia brasileira, Mauro Vieira, interrompeu uma viagem pela Ásia para ir a Nova Iorque, para participar na reunião, convocada pelo Brasil, que atualmente preside ao Conselho de Segurança.

O Brasil já tinha convocado uma reunião de urgência do Conselho de Segurança, "a fim de tratar da situação na Faixa de Gaza", para 08 de outubro, um dia após o ataque surpresa do movimento islamita Hamas contra Israel.

No final da reunião de domingo, realizada à porta fechada, diversos membros do Conselho de Segurança condenaram a ofensiva do Hamas, com os Estados Unidos a lamentarem, porém, a ausência de unanimidade.

O número de mortos na Faixa de Gaza subiu para 1.200, avançou o Ministério da Saúde palestiniano, na sequência de um aumento dos bombardeamentos israelitas sobre o enclave palestiniano controlado pelo Hamas, desde 2007.

Israel, que impôs um cerco total à Faixa de Gaza e cortou o abastecimento de água, combustível e eletricidade, confirmou mais de 1.200 mortos do lado israelita desde o início da ofensiva do Hamas, apoiada pelo Hezbollah libanês e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que o país está "em guerra" com o Hamas, que foi internacionalmente classificado como movimento terrorista não só por Israel, como pelos Estados Unidos, pela União Europeia (UE) e por outras nações.

Na quarta-feira, o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu à ONU que lance mão de todos os recursos para pôr fim "à mais grave violação aos direitos humanos" no conflito entre o Hamas e Israel.

O governante disse que crianças jamais podiam ser feitas reféns, não importa em que lugar do mundo, de acordo com uma nota publicada nas redes sociais.

"É preciso que o Hamas liberte as crianças israelitas que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeamento para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra", afirmou.

"É urgente uma intervenção humanitária internacional. É urgente um cessar-fogo em defesa das crianças israelitas e palestinas. O Brasil, na presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU, se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito. E continuará a trabalhar pela promoção da paz e em defesa dos direitos humanos no mundo", concluiu.

O Ministério da Defesa de Israel afirmou, na quarta-feira, que há brasileiros entre os reféns que o Hamas fez na ofensiva lançada contra Israel, onde residem 14 mil brasileiros aos quais se somam mais seis mil nos territórios palestinianos.