Num contexto internacional marcado pela Guerra da Rússia à Ucrânia, pela intensificação do conflito no médio oriente e ainda em “ressaca” dos efeitos de uma pandemia em todo o tecido económico, é fácil antever que os diferentes governos continuarão sob a pressão de um desafio exigente. Nesse âmbito, a estabilidade política e a capacidade de antecipar cenários serão instrumentos essenciais para corresponder aos anseios da população.

Na Madeira, apesar de todo o cenário internacional conturbado, tem-se prosseguido uma linha de crescimento, oportunidades e desenvolvimento da nossa economia. Em 2023, a Madeira apresenta como indicadores económicos o maior número de população empregada, o menor número de beneficiários do RSI em mais de uma década e, tudo indica, o maior PIB per capita alguma vez registado na Região. Resultados conseguidos em virtude da capacidade de criação e desenvolvimento dos empresários, de uma governação pragmática e de uma característica identitária dos madeirenses: fazer da Região Autónoma da Madeira, “das ilhas as mais belas e livres.”

Os desafios de hoje são necessariamente diferentes daqueles que se perspetivavam há quatro anos, pelo que a flexibilidade de pensamento, a agilidade na ação e a humildade de perceber aquilo que é, a cada momento, a melhor opção governativa será fundamental para corresponder às diferentes expectativas depositadas na classe política. Em virtude das mudanças dos últimos anos, forçadas pelo mundo pós-covid-19, algumas posições políticas terão de ser revistas. Não pelo imperativo de novos acordos, mas, simplesmente, porque o mundo mudou, muito.

Questões como a consolidação e aprofundamento da Autonomia, o ambiente, o emprego, a educação, ensino superior, habitação, fiscalidade, bem como a saúde mental e o combate às dependências serão prioridades que os madeirenses quererão ver debatidas, com assertividade e clareza, pelos diferentes intervenientes políticos. Em todas estas áreas, orgulho-me de muitas das medidas apresentadas pela força política que represento, estando igualmente convicto de que só com o alargamento dos instrumentos legislativos poderemos empreender uma nova Autonomia capaz de continuar a realizar a revolução tranquila que nos trouxe até aqui.

A nova geometria parlamentar exigirá diálogos, pontes e consensos no desenvolvimento de várias políticas públicas. Este é o resultado da vontade expressa dos eleitores madeirenses que deve ser respeitado por todas as forças políticas, independentemente dos objetivos eleitorais de cada uma delas. O nosso foco é simples: pela Madeira, tudo!