Putin apela a negociações entre Israel e os palestinianos
O Presidente russo Vladimir Putin apelou hoje a negociações entre Israel e os palestinianos, considerando ainda necessário evitar uma "extensão do conflito" que teria consequências à escala mundial.
Putin apelou à concentração de "esforços na diplomacia em detrimento do aspeto militar" na busca de soluções "para pôr termo aos combates e o mais depressa possível", numa referência ao atual conflito israelo-palestiniano desencadeado pelo ataque do Hamas no sábado.
"Em segundo lugar, é necessário regressar ao processo de negociações, para encontrar uma solução "aceitável para todas as partes, inclusive para os palestinianos", de acordo com declarações transmitidas pela televisão.
Em simultâneo, considerou necessário "evitar a todo o custo a extensão do conflito, porque caso isso suceda vão registar-se consequências na situação internacional, e não unicamente na região".
Putin assinalou que a Rússia, na qualidade de membro do Quarteto para o Médio Oriente, juntamente com os Estados Unidos, União Europeia e ONU, e destinado a uma função de mediação, poderá "fornecer a sua própria contribuição para este processo de resolução".
No entanto, definiu a situação de extrema gravidade, admitindo "ser difícil ajudar no processo de resolução".
Na véspera, Vladimir Putin tinha considerado "necessária" a criação de um Estado palestiniano "independente e soberano".
Indicou ainda que o conflito era um "exemplo claro do falhanço da política dos Estados Unidos no Médio Oriente".
O movimento islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como "Espadas de Ferro".
Israel prosseguiu hoje os seus ataques devastadores no território palestiniano da Faixa de Gaza, onde o Hamas está no poder desde 2007.
O Exército israelita referiu-se a 1.200 mortos em Israel, a maioria civis, enquanto na Faixa de Gaza ao balanço de eleva a pelo menos 1.055 mortos, também na maioria civis, segundo as autoridades locais, para além das centenas de mortos entre os combatentes do Hamas que se infiltraram em Israel.