EUA anunciam novo pacote de 200 milhões de dólares que inclui mísseis
Os Estados Unidos da América (EUA) anunciaram hoje em Bruxelas um novo pacote de apoio à Ucrânia no valor de 200 milhões de dólares, que inclui munições de artilharia, mísseis de longo alcance, e armamento antitanque.
"Estou orgulhoso por os Estados Unidos terem acabado de anunciar o seu mais recente pacote de assistência de segurança para a Ucrânia, no valor de 200 milhões de dólares [cerca de 189 milhões de euros]", anunciou o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, no início de uma reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia, no quartel-general da Aliança Atlântica.
Lloyd Austin explicou que o pacote de assistência militar inclui "munições AIM-9M para um novo sistema de defesa antiaérea que a Ucrânia vai receber em breve, assim como munições de artilharia e 'rockets', munições de precisão aérea, armamento antitanque, e equipamento contra drones russos".
O secretário da Defesa dos Estados Unidos deixou cair quaisquer incertezas que permanecessem: "Que não haja dúvidas. Os EUA vão estar ao lado da Ucrânia pelo tempo que for necessário."
Lloyd Austin acrescentou que os Estados Unidos, em conjunto com os países que compõem o Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia, estão dispostos a disponibilizar o armamento "que for necessário, pelo tempo que for necessário, para que a Ucrânia possa viver em liberdade" e vencer a "agressão flagrante da Rússia".
Lloyd Austin revelou que com este novo pacote a ajuda total dos Estados Unidos desde o "início da guerra de Putin" ascendeu aos 43,9 mil milhões de dólares (mais de 41 mil milhões de euros).
Já o conjunto dos 50 países que integram o Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia -- o chamado grupo Ramstein -- disponibilizou desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022, um total de 33 mil milhões de dólares (mais de 30 mil milhões de euros).
"Precisamos de nos apressar e dar à Ucrânia aquilo de que necessita para fazer face aos desafios atuais, enquanto continuamos a desenvolver as capacidades de combate da Ucrânia para afastar perigos futuros", completou o ministro norte-americano.
O anúncio feito por Lloyd Austin perante os aliados e o próprio Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que hoje está em Bruxelas para participar nas reuniões no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), apazigua a incerteza que havia em relação à continuidade do apoio norte-americano.
A dúvida surgiu depois de o compromisso alcançado no Congresso norte-americano para evitar a paralisação do Governo Federal ter excluído a continuidade do apoio à Ucrânia.
Em simultâneo, há cada vez mais vozes, especialmente dentro do Partido Republicano, que se insurgem contra o dinheiro e armamento que Washington está a disponibilizar a Kiev.
O antigo presidente dos Estados Unidos Donald Trump (que pertence ao Partido Republicano), e antecessor do democrata Joe Biden na Casa Branca, é uma das vozes que tem questionado o auxílio a Kiev.
Joe Biden também já se mostrou preocupado com o prolongamento da ajuda, mas as declarações do seu secretário da Defesa parecem colocar um ponto final na incerteza, que até levou a apelos dos parceiros europeus na NATO.