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A Guerra Mundo

Zelensky admite na NATO que "vai ser um desafio" sobreviver ao inverno

Foto DR/NATO/Twitter
Foto DR/NATO/Twitter

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, admitiu hoje, no quartel-general da NATO, em Bruxelas, que "vai ser um desafio" sobreviver ao próximo inverno e pediu mais apoio para "necessidades concretas".

"Vai ser um desafio perceber como é que vamos sobreviver este inverno", reconheceu o Presidente ucraniano, assim que chegou ao quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), acompanhado pelo secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg.

É expectável que a Rússia reutilize a estratégia de bombardeamento de infraestruturas críticas durante o inverno.

Por isso, Volodymyr Zelensky considerou que é necessário "discutir as prioridades" com os países da Aliança Atlântica para salvaguardar a população ucraniana: "Existem necessidades concretas e precisamos de responder a essas necessidades concretas em pontos concretos do nosso território."

O chefe de Estado ucraniano também apelou à utilização de ativos russos congelados: "Vocês têm esses ativos e nós podemos utilizá-los, podemos utilizar esse dinheiro para reconstruir a Ucrânia. Eles [as tropas russas] destroem, nós utilizamos esses ativos."

Este apelo foi "coartado" pelo secretário-geral da NATO, que com um toque no ombro disse a Zelensky que estava na altura de iniciarem o conjunto de reuniões.

Volodymyr Zelensky não confirmou reuniões com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ou com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, justificando que "hoje vai ser tudo muito rápido".

Jens Stoltenberg, que disse que era "um prazer voltar a receber" Zelensky na NATO, garantiu que o apoio dos 31 Estados-membros da NATO à Ucrânia é inequívoco, mas considerou que "é preciso melhorá-lo".

Os ministros da Defesa da NATO, assim como a Suécia e a Ucrânia como convidados, reúnem-se hoje no quartel-general da aliança político-militar para discutir o apoio à Ucrânia para os próximos meses, fazer uma avaliação da situação no terreno e do apoio até agora prestado, incluindo a prometida disponibilização de caças F-16 e formação para o efeito.

Os aliados também vão concentrar atenções no agravamento do conflito israelo-palestiniano.