A “Mona Rica”
Apareceu em meme idealizado a propósito da circunstância política como contraponto a Mona Lisa, a pintura imortalizada por Leonardo da Vinci. Querendo significar, comparativamente, que uma ficou “rica” e outra “lisa”. Humor bem apanhado com coisa que não é para rir.
A TAP é uma empresa intervencionada o que significa que o Estado coloca lá dinheiro. Que advém da cobrança de impostos aos portugueses. As verbas canalizadas são avultadas. O serviço prestado, em particular à nossa região, deixa muito a desejar. Os preços das viagens são escandalosos, servindo para compensar a companhia, de forma encapotada, contrariando as orientações europeias.
Nomeada para administradora esteve no exercício do cargo 1 ano e pouco mais. Depois, alega que foi demitida. Passados 4 meses voltou a ser indicada pelo governo, para o cargo de presidente, em diferente empresa pública, a NAV, que fica do outro lado da rua. Foi logo trabalhar, para o mesmo patrão (o Estado), acumulando novo chorudo vencimento.
Entretanto, recebeu uma indemnização de meio milhão. Negociada com a TAP. Com uma componente acima dos cem mil euros de férias não gozadas (!). Produtiva imaginação que antecipa que no período de mandato que ficou por cumprir não tiraria férias. A verdade é que, eticamente, só deveria ser compensada pelos 4 meses que supostamente esteve “desempregada”.
As demissões no seio do executivo, incluindo a dela, são expedientes para distrair pacóvio. O assunto só ficará resolvido quando a senhora devolver a quantia imoral e quiçá ilegal (a ver vamos) que recebeu. Conluiada ou não, logo se saberá. Até lá o assunto não vai morrer.