'Bolsonaristas' destruíram vidros, salas e atacaram jornalistas e polícias em Brasília
Apoiantes do ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro que invadiram hoje a sede dos três poderes, em Brasília, destruíram instalações, atirando cadeiras pelas janelas, quebraram vidros e atacaram jornalistas e agentes de segurança.
Imagens que circulam nas redes sociais e em meios de comunicação social locais mostram várias salas a serem destruídas no Congresso, no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal (STF). No STF há vídeos de invasores violentos dentro do plenário onde os juízes realizam votações, mas os 'media' locais informam que a segurança local conseguiu retomar o controlo do edifício junto com a polícia militar.
Manifestantes permanecem dentro do Congresso onde partiram vidros, invadiram salas e destruíram mesas e várias áreas, segundo imagens também veiculadas pelos próprios invasores nas redes sociais e pelos 'media' locais.
No Palácio do Planalto há imagens de invasores em diversos andares e na rampa de acesso ao prédio. A polícia ainda tenta dispersar a multidão de "bolsonaristas" vestidos de verde e amarelo que permanece na Praça dos Três Poderes, onde ficam localizados as sedes do executivo, do legislativo e do judiciário brasileiro.
Apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro, que nunca reconheceu sua derrota eleitoral e viajou para os Estados Unidos antes da posse do atual chefe de Estado, Luiz Inácio Lula da Silva, atacaram um agente da polícia que estava montado a cavalo com pedaços de paus, segundo imagens que circulam nas redes sociais. Por outro lado, há também denúncias e a suspeita de que alguns polícias não atuaram como era devido para conter os "bolsonaristas" que aparecem filmando os invasores, alguns sorrindo, sem nada fazer para os conter antes de atacarem os prédios públicos.
Jornalistas que estão cobrindo os atos violentos também sofreram ataques. Uma jornalista fotográfica do Metrópoles, portal de notícias com sede em Brasília, foi agredida por cerca de 10 homens com socos e pontapés segundo denúncia publicada nas redes sociais pela editora-chefe do meio de comunicação social, Lilian Tahan. A polícia brasileira usou gás lacrimogéneo para tentar, sem sucesso, travar os manifestantes.