Nicolás Maduro e Gustavo Petro reuniram-se de novo em Caracas
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, recebeu hoje o seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, naquela que é a segunda visita do governante a Caracas, desde que em agosto passado assumiu a Presidência da Colômbia.
Segundo a televisão estatal venezuelana, Gustavo Petro chegou ao Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía (norte de Caracas), acompanhado pelo ministro dos Negócios da Colômbia, Álvaro Leiva, e outros integrantes do seu Governo.
Foi recebido, entre outros, pela vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodriguez, e pelo novo ministro de Relações Exteriores venezuelano, Yván Gil, dirigindo-se depois ao palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, onde decorreu o encontro com Nicolás Maduro.
Apesar de não terem sido divulgados os temas da agenda do encontro entre os governantes, a imprensa local avança que vão ser abordados assuntos de interesse bilateral, a recente abertura de pontes fronteiriças entre os dois países, o comércio bilateral, e a migração de venezuelanos.
Em cima da mesa deverão estar também questões relacionadas com a segurança bilateral e os diálogos de paz entre Bogotá e a guerrilha do Exército de Libertação Nacional da Colômbia (ELN), que tem decorrido em Caracas com a intermediação do Governo venezuelano.
Em 29 de agosto, a Venezuela e a Colômbia renovaram formalmente as relações diplomáticas, interrompidas há três anos, com a chegada a Caracas do embaixador colombiano, nomeado por Petro, para apresentação de credenciais.
Além da troca de embaixadores, os dois países decidiram reabrir a fronteira de mais de dois mil quilómetros, que estava totalmente fechada ao trânsito de veículos desde 2015.
Em novembro último, Nicolás Maduro e Gustavo Petro assinaram, em Caracas, uma declaração sobre cooperação bilateral na segurança fronteiriça e no combate ao narcotráfico, entre outras.
O encontro entre os governantes teve como propósito "articular as políticas de aproximação entre ambos os países", tendo sido ainda acordada a nomeação de funcionários consulares dos respetivos países, para garantir os direitos civis dos cidadãos venezuelanos e dos colombianos.
Em fevereiro de 2019, Maduro cortou relações diplomáticas e políticas com a Colômbia, que acusou de apoiar os Estados Unidos num golpe de Estado contra o regime venezuelano.