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Eleições Regionais 2023: Riscos e Oportunidades

Neste meu primeiro artigo de 2023, não quero deixar de desejar a todos os leitores um ano cheio de coisas boas, com muita saúde e muita felicidade. E, por ser o meu primeiro texto no DIÁRIO, em 2023, talvez seja importante recordar que, neste ano, teremos um ato eleitoral da maior importância para todos os madeirenses e porto-santenses: a Eleição para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira da qual emanará o futuro Governo Regional. Será uma batalha extraordinariamente difícil para todos os que são verdadeira oposição ao atual modelo de governação regional protagonizado pela coligação PSD/CDS. E a grande dificuldade começa logo pelo estado a que chegou o maior partido da oposição, na Madeira - O PS -, rendido aos grandes lóbis económicos, e que, previsivelmente, perderá uma parte importante dos deputados que hoje tem. Neste cenário, nada animador para os que desejam, desde sempre, uma alternância política e de políticas na nossa Região, há um risco acrescido de uma transferência de votos para as direitas radicais, populistas e não-democráticas que, em caso de necessidade, serão chamadas por Miguel Albuquerque e Rui Barreto para o futuro Governo Regional. Só a possibilidade de termos as direitas populistas e fascistas no governo regional deve fazer com que os partidos à esquerda do PS construam programas fortes e de combate, com propostas de elevado alcance social, que possam garantir aos nossos concidadãos melhores rendimentos, melhores serviços públicos e soluções para os principais problemas sociais que atinge muitos milhares de pessoas. Tão importante como isso, é necessários que a Esquerda, à esquerda do PS, se afirme com programas de defesa da Autonomia, filha da Revolução de Abril, bem diferente da caricatura de ‘autonomia’ de que o PSD, e agora o CDS, se apoderou ao longo das últimas décadas. Defender uma Autonomia virada para a resolução dos problemas das pessoas por oposição a uma prática que apenas olha pelos ‘amigos’ e ‘afilhados do regime’. Há muito trabalho a fazer, daqui até outubro, para que as alternativas sociais e de esquerda, sejam reforçadas, com o intuito de combater, também, o perigo das extremas-direitas, que têm que ser impedidas de chegar ao poder e aplicar os seus programas de ódio e populismo, colocando em perigo a Democracia, a Autonomia e os Valores de Abril.