Cá e Lá!
1 - 2023 desafiante!
O ano novo chegou com mais ansiedade do que esperança. A esperança baseia-se na retração tímida da inflação, milésimas abaixo do projetado. Mas não nos podemos iludir. A ansiedade prevalece, alimentada pelo sentimento que a inflação, esse imposto “oculto”, vai continuar a penalizar os orçamentos familiares.
O aumento exponencial do preço dos bens alimentares, dos juros bancários, passando pelos combustíveis, exigem ainda mais cortes em orçamentos já muito limitados.
Ao Governo de Costa exigia-se um verdadeiro plano para mitigar os efeitos nefastos do aumento generalizado dos bens e serviços. O que temos assistido são doze demissões em menos de nove meses.
Ainda em quadra festiva é neste regabofe governativo que Costa nos brinda!
Saúde a Todos Vós!
2 - Sai um entram dois!
Sai Pedro Nuno Santos, entram João Galamba e Marina Gonçalves.
A incapacidade, ou falta de vontade, de António Costa procurar na sociedade civil pessoas válidas, que deem o seu contributo à causa pública, é notória e já começa a ser confrangedora.
João Galamba “sobe” a ministro, uma nomeação que tem como único propósito apaziguar a ala esquerda do Partido Socialista. Os Portugueses, depois desta trapalhada, com rescisões milionárias em empresas públicas intervencionadas com o dinheiro de todos nós, pediam, no virar de ano, uma remodelação profunda com gente vinda da sociedade civil. Esperemos que o lítio, mineral conhecido do atual ministro, não o faça cair, nos próximos tempos, da cadeira.
Marina Gonçalves é a nova ministra com o pelouro da habitação. Já tinha essa tutela enquanto Secretária de Estado da Habitação. Tem os milhões do PRR para “derramar” em nova habitação, uma urgência nacional. Até hoje temos visto pouco, e Marcelo Rebelo de Sousa já o disse.
Do seu currículo profissional sabe-se pouco! Apenas que é socialista, deu assessoria jurídica ao grupo parlamentar do seu partido na Assembleia da República, e foi chefe de gabinete de um ministro qualquer. Enquanto Secretária de Estado disse um dia, e passo a citar, “que todos têm direito a viver nas zonas mais caras do país, incluindo na capital, e que cabe ao Estado dar essa hipótese.”
Gosto do arrojo, mas seria importante saber quem é que paga! Vamos esperar para ver…
3 - A minha censura ao PSD nacional
A bancada do meu partido, na Assembleia da República, absteve-se, ou seja, “lavou as mãos” como Pôncio Pilatos, na votação da moção de censura ao Governo, promovida pela Iniciativa Liberal. Pergunto: Será esta a atitude correta para um Partido que se quer afirmar como uma alternativa credível a um Governo que, em nove meses, só nos apresenta casos e casinhos? Será que afirmar, por diversas vezes, pela voz do seu líder e de outros responsáveis políticos, que Costa não tem um rumo para o País, que Portugal está pior, que não há uma estratégia reformista para a Nação, e… depois abstêm-se de censurar?
Luís Montenegro, enquanto líder da oposição, exigiu a abstenção à sua bancada. Exigiu aquilo que não podia.
Poderão dizer-me que é estratégico e que eu não estou a ver o alcance da “coisa”. Poderão dizer-me que, em nome do superior interesse nacional, não faria sentido termos eleições antecipadas um ano após uma maioria absoluta.
Erro estratégico são atitudes, que o Povo que vota, não entende. Erro estratégico é não votar a favor da moção de censura quando já sabíamos que, por força da maioria absoluta socialista, essa moção nunca passaria. Mas as atitudes, e as palavras críticas a este desgoverno socialista tinham substância.
Assim fica difícil!
4 - Bento XVI
Ao longo do seu pontificado, a comunicação social construiu uma imagem de um Papa conservador, dogmático, e até um pouco distante do seu “rebanho”.
Na verdade, o que apelidaram de conservadorismo mais não era do que o apelo contra o que apelidou da “doutrina da ditadura do relativismo”, que não reconhece nada como definitivo, em que o egoísmo individual determina a vida coletiva.
Desse ponto de vista, era um homem à frente do seu tempo, reconhecendo os primeiros sinais do imediatismo que caracteriza a hodiernidade, em que o coletivo conta pouco e em que a verdade é relativa de acordo com o ponto de vista de cada um.
Um dos maiores teólogos contemporâneos foi, ainda jovem, um dos ideólogos que contribuiu para o Concílio Vaticano II, que lançou uma nova Primavera da Igreja.
Abriu caminho para a clarificação e penitência pelas faltas da Igreja Católica Apostólica Romana, sendo o primeiro Papa a pedir desculpa pelos pecados cometidos pela Igreja Católica na Irlanda.
Mais de 100 mil pessoas passaram pelo Vaticano para lhe prestar uma última homenagem, o que atesta que a imagem que tentaram transmitir, foi facilmente desconstruída pelo mundo católico.
5 - O nosso Ronaldo nas Arábias
No próximo dia 5 de fevereiro o Cristiano Ronaldo completa 38 anos. Um caso de longevidade num desporto de desgaste rápido, fruto da dedicação e disciplina que sempre marcaram a sua conduta.
Toda a sua carreira é feita de recordes, e soma a esses mais um, o de mais bem pago jogador de futebol de todos os tempos, 200 milhões de euros por ano.
Assinar pelo Al Nasrr não é perder a dignidade, é uma opção pragmática de quem sempre soube gerir a sua carreira fora de campo. Esta é também uma oportunidade de ouro para a Região continuar a “beber” da projeção internacional do seu nome. Afinal é o Português, MADEIRENSE, mais conhecido no Mundo.
Respeitando, não gostei de ler e ouvir algumas críticas que lhe foram sido feitas.
Saibamos ser gratos ontem, hoje e amanhã.
6 - Mega Bolo Rei de Câmara de Lobos
Depois de um interregno de dois anos, pelas razões que todos conhecemos, a Câmara Municipal de Câmara de Lobos volta a partilhar um Bolo-Rei com a população, amanhã, pelas 11 horas na Praça da Autonomia, para brindar a chegada de 2023.
180 metros de bolo com mais de 260 quilos de peso. Estão, desde já, Todos convidados.
Atenção que há fava!