JPP questiona sobre implementação de Unidades de Saúde Familiar
O Juntos Pelo Povo (JPP) questionou, esta manhã, numa iniciativa política na Camacha, os motivos pelos quais ainda não foram implementadas Unidades de Saúde Familiar nos Centros de Saúde da Região, "tal como foi prometido pelo sr. Secretário, Pedro Ramos, há já 5 anos".
O partido quis “mais uma vez, ser a voz de milhares de utentes do Serviço Regional de Saúde e denunciar falhas que continuam a se verifica nos centros de saúde da Região”.
Lina Pereira, que foi a porta-voz da iniciativa desta manhã, disse que as mudanças na saúde são desejos dos utentes, muitos dos quais continuam sem médico de família e tantos outros aguardam meses para conseguir uma consulta. Além disso, ressalvou uma situação que considera ser "inadmissível", nomeadamente a espera para obter a renovação de receitas médicas.
“É de salientar o serviço público promovido pelas farmácias que, mesmo sem a receita médica, disponibilizam a medicação já com o valor comparticipado, aguardando pelo centro de saúde para que a situação seja regularizada”, frisou.
A porta-voz do JPP salientou que “muitas vezes, nem o utente tenta contactar o seu centro de saúde, via telefone, mas sem sucesso porque ninguém atende, obrigando-os a dirigir-se, presencialmente, ao local. E quem tem horário de trabalho que coincide com o horário de funcionamento do próprio centro de saúde, como faz?”, questionou.
É por estes motivos que diz ser urgente compreender “porque ainda não foi replicado o modelo das Unidades de Saúde Familiar para todos os centros da Região, tal como foi prometido pelo sr. Secretário, Pedro Ramos, há já 5 anos?”.
De acordo com o JPP, estas unidades permitem um serviço constituído por uma equipa multiprofissional, orientado para a satisfação das necessidades dos utentes, com indicadores de padrão de qualidade, com autonomia organizativa técnico-funcional, tornando a organização dos centros de saúde mais flexível e menos burocrática.
“Nestas Unidades de Saúde Familiar, por exemplo, quando o médico ou enfermeiro de família está ausente, haverá sempre um profissional de outra equipa que poderá atender as situações agudas, sem precisar de nova marcação. Os pedidos de renovação de medicação crónica, por exemplo, são passados num prazo máximo de 3 dias úteis”, diz Lina Pereira.