PS acusa Governo Regional de não resolver os problemas na Saúde
O presidente do PS-Madeira denunciou esta quinta-feira, 5 de Janeiro, "inúmeros problemas que continuam a existir no acesso à saúde na Região" e acusou o Governo Regional de "refugiar-se na propaganda do costume”.
Em conferência de imprensa realizada junto ao Hospital Dr. Nélio Mendonça, Sérgio Gonçalves apontou como exemplos o “caos” verificado esta semana nas urgências devido à maior afluência de doentes, as recentes notícias de ruptura de medicamentos, bem como "a duplicação das listas de espera". O líder socialista criticou a posição do Governo Regional, que anunciou a intenção "de ter o melhor sistema de saúde do mundo e, inclusivamente, a dizer que há pessoas nos Estados Unidos ou na Suécia que, quando querem uma segunda opinião, se dirigem ao SESARAM”.
Aquilo que os madeirenses querem, mais do que o melhor sistema de saúde do mundo, é um sistema de saúde que funcione. E este, apesar de ter um investimento como nunca em recursos humanos e financeiros – do qual o Governo Regional dá nota tantas vezes – efectivamente não resolve os problemas, não trata os doentes, que é aquilo que de mais básico um sistema regional de saúde deveria fazer. Sérgio Gonçalves, presidente do PS-Madeira
Sérgio Gonçalves criticou também o facto de, mesmo depois de aprovada uma resolução na Assembleia Legislativa da Madeira para abrir as urgências de Santana e Porto Moniz 24 horas por dia, estes serviços continuarem encerrados no período nocturno, com consequências para as populações destas localidades.
O presidente do PS-M voltou a insistir na necessidade de implementar tempos máximos de resposta garantidos, algo que daria previsibilidade às pessoas em relação ao momento no qual poderiam ser atendidas e permitiria que conhecessem a sua posição nas listas de espera, sendo que, caso o sistema regional de saúde público não desse resposta, poderiam recorrer ao privado a expensas do público. Frisou, aliás, que esta é uma das grandes dificuldades existentes, pois “quem não tem capacidade para ir ao privado resolver um problema de saúde fica anos e anos numa lista de espera para um exame, para uma consulta ou para uma cirurgia”.
Por outro lado, Sérgio Gonçalves acusou o Governo Regional de ser “uma verdadeira força de bloqueio, apoiado por uma maioria parlamentar que rejeita propostas relacionadas com a área da saúde, que viriam resolver alguns destes problemas”. Vincou que as problemáticas na saúde não estão relacionadas com os “excelentes profissionais de saúde” existentes, mas sim “por responsabilidade única e exclusiva da Secretaria Regional da saúde e do Governo Regional”.
