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Bélgica adopta recomendação da UE e exige teste a viajantes da China

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A Bélgica vai impor a apresentação de um teste negativo à covid-19 aos viajantes oriundos da China, divulgou hoje o ministro da Saúde belga, na sequência da recomendação da União Europeia (UE) para que os Estados-membros adotem esta medida.

Esta exigência por parte da Bélgica deverá ser apenas para aqueles que chegam desde voos diretos provenientes do país asiático, noticiou a agência Efe.

Na segunda-feira, o ministro da Saúde belga, Frank Vandenbroucke, tinha anunciado que a Bélgica iria intensificar a vigilância contra a propagação da covid-19, mas referiu que não tinha intenção de obrigar os viajantes deste país a fazerem testes antes de embarcarem no avião.

Vandenbroucke enfatizou na altura que, no entanto, era necessária uma posição comum em toda a UE para que fizesse sentido exigir tal restrição.

Esta "coordenação" foi hoje adotada a nível europeu, numa reunião do grupo de Resposta Política Integrada à Crise (IPCR), na qual participaram instituições comunitárias e outros especialistas para além dos Estados-membros.

Na decisão sobre a testagem a viajantes oriundos da China, é referido que "os Estados-membros são fortemente encorajados a introduzir, para todos os passageiros que partem da China para os Estados-Membros, a exigência de um teste covid-19 negativo realizado até 48 horas antes da partida".

Foram também estabelecidas outras recomendações que caberá a cada país aplicar: o uso obrigatório de máscara para os viajantes provenientes da China, testes aleatórios à chegada ou mesmo o controlo de águas residuais de aeroportos e aviões provenientes da China.

No comunicado divulgado no final da reunião do IPCR, os Estados-membros comprometeram-se ainda a "emitir recomendações aos viajantes internacionais que chegam e saem com origem ou destino à China" e ao pessoal das aeronaves e aeroportos, em relação às medidas de higiene pessoal e saúde.

O governo chinês, que advertiu com "contramedidas", e especialistas em saúde europeus, defenderam que não há uma necessidade urgente de restrições gerais às viagens, uma vez que as variantes da covid-19 emergentes da China já são predominantes na Europa.

Na quarta-feira, a Associação Internacional de Transporte Aéreo, que representa cerca de 300 companhias aéreas em todo o mundo, juntou-se aos protestos contra as restrições.

Desde que foi tornado público o aumento dos casos de covid-19 na China, diversos membros do bloco comunitário reimpuseram o controlo de viajantes procedentes da China, como a Itália, Espanha ou França.

Em Portugal, o ministro da Saúde assegurou esta terça-feira que "tudo estará preparado" para, em caso de necessidade, serem adotadas medidas de controlo da covid-19 em Portugal, nomeadamente nos aeroportos para viajantes oriundos da China.