Mundo

'Rockets' atingem base dos EUA no leste da Síria sem causar baixas ou danos

None

Dois 'rockets' atingiram hoje uma base que abriga tropas norte-americanas no leste da Síria, num ataque que não causou vítimas nem danos materiais, referiram fontes militares dos Estados Unidos.

O ataque à base de apoio à missão Conoco ocorreu quando o Irão e os seus aliados na região assinalam o terceiro aniversário da morte do principal general iraniano e chefe da poderosa força de elite Al-Quds, Qassem Soleimani, após um ataque com 'drones' dos EUA na capital iraquiana, Bagdade.

O ataque no leste da Síria ainda não foi reivindicado, numa região onde não é incomum que bases que abrigam tropas dos EUA sejam atacadas por 'rockets' ou morteiros.

A milícia apoiada pelo Irão está baseada nas proximidades, assim como células adormecidas do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI), que foi derrotado na Síria em março de 2019.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um monitor de guerra da oposição com sede no Reino Unido, referiu que os 'rockets' foram disparados por tribos árabes da região, que são armadas pelo Irão.

"Ataques deste tipo colocam em risco as forças da coligação e a população civil e minam a estabilidade e a segurança conquistadas com muito esforço na Síria e na região", sublinhou, por sua vez, Joe Buccino, porta-voz do Comando Central do Exército dos EUA (CENTCOM), em comunicado.

O CENTCOM acrescentou que membros das Forças Democráticas da Síria, lideradas pelos curdos e apoiadas pelos EUA, visitaram o local de origem do ataque e encontraram um terceiro 'rocket' que não foi disparado.

As Forças Democráticas Sírias anunciaram na quarta-feira que detiveram uma figura importante do grupo EI, o responsável financeiro dos militantes da província de Deir el-Zour.

A detenção ocorreu durante uma campanha de um dia da força apoiada pelos EUA contra as células adormecidas do EI em partes do nordeste da Síria, que assumiram a responsabilidade por ataques mortais nas últimas semanas.

Existem cerca de 900 soldados dos EUA na Síria, incluindo no norte e mais a sul e leste.

Desencadeada em março de 2011 pela repressão às manifestações pró-democracia, a guerra civil na Síria já provocou mais de meio milhão de mortes, devastou as infraestruturas do país e levou à fuga de milhões de pessoas.

O conflito tornou-se mais complexo ao longo dos anos, com o envolvimento de potências regionais e internacionais e a ascensão do grupo EI que, apesar de derrotado em 2019, ainda consegue realizar ataques mortíferos através de "células adormecidas".

O Presidente sírio, Bashar al-Assad, recuperou o controlo do país, mas partes do norte permanecem sob o controlo de rebeldes, bem como de forças curdas turcas e sírias.