'Salvar o Marítimo' sai de cena e lamenta "enxovalhos públicos"
Presidente da mesa da Assembleia-Geral do Marítimo é alvo de duras críticas por parte do movimento
"José Augusto Araújo não é isento e a história tratará de o recordar, a par de Rui Fontes e Carlos Batista, como os principais responsáveis pela mais triste página da história recente do nosso Marítimo".
Praticamente quatro meses depois da tentativa que saiu gorada em 'Salvar o Marítimo', eis que os sócios afectos a este movimento decidiram anular o pedido de Assembleia-Geral Extraordinária, que estava agendada para Maio de 2023.
A intenção era pôr fim à grave crise que o clube atravessava “em todos os domínios” já no mês de Dezembro, sendo “os resultados desportivos a face mais visível” desse momento conturbado, mas as pretensões esbarraram, sobretudo, no presidente da Mesa da Assembleia Geral, José Augusto Araújo, a quem são dirigidas duras críticas.
Movimento 'Salvar Marítimo' demarca-se do passado e pede respostas a Rui Fontes
Grupo de sócios verde-rubros quer destituir o actual dirigente verde-rubro, que foi eleito há menos de um ano
O presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Club Sport Marítimo não convive de forma sã com a crítica e é avesso ao esclarecimento dos sócios, antes pretendendo dar luz verde ao caminho errado seguido pela Direcção e que muito custará ao Marítimo. José Augusto Araújo não é isento e a história tratará de o recordar, a par de Rui Fontes e Carlos Batista, como os principais responsáveis pela mais triste página da história recente do nosso Marítimo. O presidente da Mesa da Assembleia-Geral, não é digno do cargo que ocupa e a bem do Marítimo, deveria ele próprio pedir a demissão. Movimento 'Salvar o Marítimo'
Segundo um comunicado assinado pelos três sócios do clube - Hélder Santos, Abel Spínola e Egídio Carreira - o movimento 'Salvar Marítimo' entendeu, em Setembro de 2022, que a marcação de uma Assembleia-Geral Extraordinária "com vista a esclarecer os sócios e destituir a actual Direcção seria o caminho a seguir em prol dos interesses supremos do Club Sport Marítimo e da sua massa associativa".
E mesmo saindo de cena continuam "a acreditar que o caminho seguido levará à maior crise jamais vivida pela instituição, mas tal não tem sido entendido por grande parte dos sócios, que contrariamente ao desejado, vêem neste movimento o resumo de todos os problemas do clube", algo que este grupo "não pode aceitar".
São já várias as semanas que as faces visíveis do movimento têm sido sujeitas ao mais variado leque de insultos e enxovalhos públicos que deviam corar todos aqueles que os praticam, mas que, ao invés, os catapultam para as ameaças sejam elas de caráter psicológico, físico ou profissional. Paralelamente, tem-nos chegado com alguma frequência relatos de pessoas que têm sido prejudicadas na sua vida profissional pelo simples facto de sentirem alguma afinidade ideológica com o 'Salvar Marítimo'. Movimento 'Salvar o Marítimo'
Movimento 'Salvar o Marítimo' garante que o clube se encontra em "coma profundo"
O movimento 'Salvar o Marítimo', composto por sócios do emblema madeirense que milita na I Liga de futebol, entregou hoje assinaturas na secretaria do clube para convocatória de uma assembleia geral (AG) extraordinária para pedir esclarecimentos, conforme noticiou hoje o DIÁRIO.
Mais explicam que o movimento "nasceu para ajudar, para unir e nunca será factor de divisão pelo que, face ao actual clima de ameaças, saneamentos e caça às bruxas, em conjunto com a impossibilidade de garantir que, em Maio de 2023, estarão presentes na Assembleia-Geral Extraordinária dois terços dos requerentes, entendem os seus representantes, por forma a não prejudicar o conjunto de sócios que assinou o requerimento, que não estão asseguradas as condições para prosseguir com o pedido".
"Face a este pedido, tem a palavra (e os actos), o presidente da Mesa da Assembleia Geral, determinando qual o melhor caminho a seguir para solucionar os graves problemas em que se encontra a nossa grandiosa instituição", pode ler-se.
Ainda relativamente ao pedido destes sócios, transmitido numa reunião realizada no dia 14 de Novembro, o movimento garante que o presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Club Sport Marítimo "alegou que não estavam reunidas as condições para marcar uma Assembleia-Geral no imediato pois, de acordo com a sua informação, uma reunião magna com os pontos que se pretendiam levar à discussão, requeria uma discussão alargada aos cerca de 1.900 sócios do Marítimo".
"Como tal teria de ser marcada para o Madeira Tecnopolo, o que por si só, representa uma descontextualização com a realidade do clube atendendo aos elevados custos que tal representaria e atendendo ao facto de na última Assembleia-Geral estarem apenas 33 sócios", reforçam.