País

Crescimento do PIB em 2022 cria condições para consolidar economia em 2023, diz Costa

None

O primeiro-ministro defendeu hoje que o crescimento de 6,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 cria condições para uma consolidação da economia em 2023.

"É um sinal de que a economia resistiu bem e recuperou bem da covid, resistiu bem à guerra e à inflação e dá boas indicações para o que pode acontecer em 2023", disse António Costa, lembrando que crescimento significa emprego.

O primeiro-ministro falava aos jornalistas durante uma visita ao Bairro Vale de Chícharos (Bairro da Jamaica) no concelho do Seixal, que se encontra em mais uma etapa de realojamento das famílias que ali vivem.

A economia portuguesa cresceu 6,7% em 2022, o crescimento do PIB "mais elevado desde 1987", de acordo com a estimativa rápida divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O crescimento de 6,7% em 2022 situa-se uma décima abaixo da previsão do Governo, já que o ministro das Finanças, Fernando Medina, se tinha afirmado convicto, no final de dezembro, de que Portugal iria finalizar "o ano de 2022 com um crescimento [da economia] de cerca de 6,8%".

Esta taxa fixa-se, contudo, acima dos 6,5% estimados no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), que deu entrada no parlamento em outubro passado.

Durante a visita António Costa foi abordado por Fernando Coxi, da associação de moradores do bairro, que começou por agradecer por pelo realojamento e depois sugeriu ao primeiro-ministro que se candidatasse a Presidente da República quando terminar o mandato de Marcelo Rebelo de Sousa.

A este pedido António Costa respondeu: " Não. Eu gosto de fazer coisas. Cada um deve fazer o que tem jeito para fazer e eu gosto de fazer coisas e ajudar os outros a fazer coisas".

No bairro Vale de Chícharos (Bairro da Jamaicano), no Seixal, 119 moradores começaram a ser realojados numa nova etapa de um processo iniciado em 2018 e que deverá terminar no final do ano.

Em outubro, outras 37 famílias do bairro tinham sido realojadas no âmbito deste processo realizado pela Câmara Municipal do Seixal (CDU), no distrito de Setúbal, desde dezembro de 2018.

O levantamento exaustivo do número de pessoas a viver no bairro foi feito em 2017.

Na altura foi feito o recenseamento de 234 famílias, cerca de 750 pessoas, que ficaram devidamente assinaladas, e com direito a serem incluídas no processo de realojamento, de acordo com o protocolo estabelecido entre a Câmara Municipal do Seixal e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, homologado pela Secretaria de Estado da Habitação.

O modelo de realojamento adotado foi o de aquisição e reabilitação de habitações dispersas pelo município com vista a uma integração plena dos moradores de Vale de Chícharos na comunidade seixalense.

Para António Costa, a solução encontrada no Seixal para o realojamento destas famílias foi particularmente feliz por facilitar a integração social.

O financiamento para este realojamento resulta de verbas provenientes de uma candidatura da Câmara Municipal do Seixal ao Plano de Recuperação e Resiliência.