Madeira

PS manifesta estar contra a suspensão do Plano Director Municipal

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O presidente do PS-Madeira, Sérgio Gonçalves, manifestou, hoje, a discordância do partido em relação à suspensão do Plano Director Municipal (PDM) do Funchal, por privilegiar o comércio e serviços em detrimento da habitação.

Em conferência de imprensa realizada esta manhã, Sérgio Gonçalves deu conta das carências habitacionais existentes, lembrando inclusivamente os dados recentes que indicam que os funchalenses não conseguem comprar casa no Funchal, em particular a classe média e os mais jovens.

“Nós não concordamos nem entendemos esta suspensão do PDM para privilegiar espaços comerciais ou de serviços, quando aquilo que é necessário é ter mais habitação. Os funchalenses precisam de habitação, precisam que as medidas da Câmara Municipal sirvam as suas necessidades, e não apenas interesses económicos” Sérgio Gonçalves.

No entender do PS, devem ser usados os instrumentos e as ferramentas disponíveis ao nível do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), reabilitando edifícios degradados, criando incentivos ao arrendamento jovem e permitindo que muitos dos jovens – inclusivamente de zonas altas que o próprio PDM restringe para a construção de habitação – possam viver no centro da cidade.

Perante a decisão da Câmara do Funchal, com a qual, frisou, o PS não concorda, Sérgio Gonçalves espera para saber qual será a posição do Governo Regional, em particular da Direcção Regional de Ordenamento do Território, que tem de dar um parecer para que esta suspensão do PDM seja realizada. “Se o Governo Regional está consciente dos problemas de habitação, não deverá permitir esta suspensão do PDM para privilegiar espaços comerciais e de serviços em detrimento da habitação”, declarou.

De acordo com o líder dos socialistas, este é mais um exemplo da má gestão de Pedro Calado na Câmara do Funchal. Como referiu, Calado prometeu resolver os problemas de trânsito, quer nos acessos à via rápida, quer retirando a ciclovia, mas esses problemas não só não foram resolvidos, como se agravaram. O mesmo acontece em relação às problemáticas da delinquência, da insegurança, da violência e do consumo de drogas.

“Desafiamos o presidente da Câmara a conhecer os problemas da cidade e dos funchalenses e a apresentar soluções, em vez de os agravar”, concluiu.