Papa diz que é urgente resolver grave crise humanitária no sul do Cáucaso
O papa Francisco manifestou hoje a sua preocupação com "a grave situação humanitária no corredor de Lachin, no sul do Cáucaso" e pediu que a comunidade internacional "faça todo o possível para encontrar soluções pacíficas", noticiou a EFE.
"Estou perto de todos aqueles que são forçados a suportar as condições desumanas no auge do inverno. Tudo o que for possível deve ser feito, ao nível internacional, para encontrar soluções pacíficas para o bem da população", disse o papa Francisco, após rezar o Angelus dominical da janela do Palácio Apostólico no Vaticano.
O pontífice já havia expressado em dezembro passado a sua preocupação com o conflito no território de Nagorno-Karabakh, que vive uma crise após o bloqueio da única rota que o ligava à Arménia ao resto do mundo pelo Azerbaijão.
"Em particular, estou preocupado com as precárias condições humanitárias das populações, que podem piorar ainda mais durante o inverno. Peço a todos os envolvidos que se esforcem para encontrar soluções pacíficas para o bem do povo", declarou o santo padre.
Arménia e Azerbaijão encerraram no último outono de 2020 a guerra pelo controlo de Nagorno-Karabakh, região que disputam desde a década de 1980.
O Azerbaijão manteve o corredor Lachin, única rota entre a Arménia e Nagorno Karabakh, bloqueado desde o final de dezembro pelas tropas russas.
A Arménia alertou o mundo que cerca de 120 mil arménios de Karabakh sofrem uma crise humanitária por causa desse bloqueio.
Por seu lado, a Rússia criticou esta semana a decisão da União Europeia (UE) de enviar uma missão civil à Arménia para monitorizar a situação na fronteira com o Azerbaijão e garantiu que esta medida só vai "agravar" a situação na região.