Madeira

PS considera que suspensão do PDM é atentado à classe média funchalense

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O grupo municipal do PS Funchal reiterou, hoje, estar contra a suspensão do Plano Diretor Municipal do Funchal para permitir mais construção comercial em detrimento de habitações.

Os socialistas consideram ser um contrassenso estar a mais comércio e serviços quando aquilo que consideram ser realmente urgente é a habitação. 

“Este executivo do PSD, à semelhança do Governo Regional, não pensa nos seus habitantes e na classe média”, sublinha Andreia Caetano, referindo que “esta política de mais construção e menos reabilitação urbana, de mais alcatrão e vulnerabilização do território que resulta em menos qualidade de vida para os funchalenses, vai contra aquilo é necessário para o Funchal, uma cidade com muitos prédios para reabilitar, com acessos viários limitados e com valores de aquisição e arrendamento de habitações absolutamente proibitivos para a maioria da população, devido à falta de oferta”.

O partido recorda a Estratégia Local de Habitação, elaborada pelo anterior executivo e aprovada em Assembleia Municipal, que indicava as carências habitacionais no concelho do Funchal e "garantiu financiamento nacional para a construção e reabilitação de habitações destinadas a diversos sectores sociais, algo que o actual executivo pretende contrariar, expulsando os residentes das áreas nobres da cidade".

Para além disso, a líder da bancada municipal socialista indica que “o actual PDM tem também uma preocupação em diminuir a redução dos factores de risco natural e a exposição das populações e actividades económicas, tendo em conta as características naturais do território e a necessidade de desenvolver uma política de desenvolvimento sustentável e de minimização das alterações climáticas”.

Andreia Caetano lamenta “as políticas amadoras e sem estudos técnicos” do executivo camarário do PSD e acusa Pedro Calado de querer “um Funchal cada vez menos para os funchalenses”.