Já vai quase no fim este primeiro mês deste ano novo! Como parece andar cada vez mais depressa, o tempo.

Janeiro fora cresce uma hora, já diz o apotegma popular, tornando os dias um pouco mais compridos e menos escuros nas sua extremidades, convidando ao cedo erguer que dá saúde e faz crescer.

Janeiro é também o mês de pôr em prática aquelas resoluções que se tomaram no fim do ano findo para regular o peso ganho nas festas do fim-do-ano (um parênteses para dizer que o que comemos a mais entre o Natal e o fim-do-ano não tem grande importância. Tem grande importância, sim, o que comemos entre o fim-do-ano e o Natal).

Neste tempo de grandes incertezas, com uma guerra que continua sem querer acabar e um vírus que teima em ficar, com os governos a quererem brincar com coisas que deveriam ser sérias, mexer-se, fazer exercício, diário ou algumas vezes por semana, pode ser um lenitivo para que a mente relaxe perante as dificuldades que os políticos teimam em inventar: quando não as há, inventam-nos e depois dizem – habituem-se!

Perante o laxismo que impera um pouco por todos os lados (não resisto em partilhar uma frase que li nas redes sociais, que se aplica bem ao nosso pobre país e que reza assim: “é preciso acabar com a corrupção! Nem que se tenha de dar algum por fora!”), o remédio é rir ou, no mínimo, sorrir.

Sorrir é um exercício físico que acalma o espírito e reconforta a alma. Quando a asneira é muita, um sorriso é, muitas vezes, a única reacção que nos é permitida e, por ser um exercício físico voluntário necessita que haja músculos que se movimentam por vontade nossa. Os movimentos necessários a toda e qualquer actividade que queiramos executar com os músculos que compõem o corpo humano, são divididos em movimentos voluntários e involuntários. Nestes podemos ter os movimentos peristálticos ou os batimentos do coração, órgão desde sempre ligado também às emoções,

“fulano (ou fulana) tem um coração de oiro”, ou

“fulana (ou fulano) tem gelo no coração”,

são frases definitivas de emoção ou de falta dela.

As nossas emoções podem, no entanto, ser exprimidas de uma forma voluntária e independente do coração que, como já vimos, bate autonomamente.

Falemos então em alguns movimentos dependentes da nossa vontade e importantes ao nosso bem-estar.

Os movimentos voluntários e necessários à nossa actividade física e ao nosso bem-estar, são de fácil execução, sem custos para o utilizador e portadores de felicidade para quem tenha a ventura de os integrar nos seus hábitos diários.

Há, entre os exercícios que podemos (e devemos) executar diariamente, um movimento que é dependente somente da vontade expressa de quem o executar, sem esperar outra retribuição que não seja o prazer de poder estar a colaborar para que alguém ao seu lado sinta, também, vontade de partilhar o mesmo movimento.

Sendo um movimento muscular, necessita somente de 11 músculos, na sua forma máxima, para o executar.

São:

os Zigomáticos Maiores, os Levantadores do Ângulo da Boca, os Levantadores do Lábio Superior, os Orbiculares dos Olhos, o Platisma e os Risórios.

Estes simpáticos executores, trabalhando de uma forma concertada, permitem diversas variações faciais que no seu conjunto tendem a tornar melhor o dia de quem adere a este exercício e de todos quantos recebem a benesse de o poder partilhar: são os músculos que permitem o mais simples e mais belo movimento, transmissor de satisfação e alegria, o sorriso!

Para sorrir, podemos utilizar os Zigomáticos Maiores (o que produzirá um grande sorriso largo) e outros levantadores do lábio superior como os Levantadores do Ângulo da Boca e os Levantadores do Lábio Superior. Além disso, o sorriso pode (deve) envolver também a área dos olhos, e nesse caso, contraímos a parte orbicular dos Músculos Orbiculares dos Olhos. Existem outros tipos de sorrisos que podem envolver a contração de outros músculos como o Platisma e os Risórios.

Fazem parte de um grupo maior, o Grupo dos Músculos Expressivos da Face que fazem questão de embelezar os dias por mais cinzentos que se apresentem, transformando-os em soalheiros, coloridos e prazenteiros.

Sorria, adira ao exercício dos 11 na sua plenitude.

Lembre-se de que é gratuito, sempre voluntário e que a retribuição é sempre maior do que o mais amplo movimento que possamos oferecer.

Ofereça, partilhe sempre que tenha oportunidade, voluntarize-se neste exercício que não dói, não custa e tem um retorno que, qual pedra filosofal, tem o condão de poder transformar gelo em ouro, assim o coração da emoção esteja aberto a recebê-lo.

Comece em Janeiro, e pelo resto do ano, faça exercício físico, começando pelo mais fácil e simpes de executar - Sorria!

Vai ver que o tempo até parece que anda mais devagar, agora que Janeiro acrescentou uma hora de Sol.

P.S. – ou solte uma boa gargalhada quando ouvir que um político, Ministro ou similar, disse estar com amnésia selectiva quando se lhes referem alguns casos em que estiveram envolvidos. Não podemos esquecer que estamos num País onde é preciso acabar com a corrupção! (mesmo que seja necessário dar algum por fora!)