Problema dos Arrifes

1 - Em relação ao carro branco que eu barrei, peço desculpa, avaliei mal as dimensões porque me assustei com o tamanho enorme dos espelhos.

2- Quanto à sra. grávida, estando ela em cima ou em baixo, a distancia que teria que percorrer era praticamente a mesma, pois para ir ver o imóvel nº 42 teria que ir a pé, uma vez que, este se encontra num pequeno beco com pouco mais de um metro de largura.

3- No que concerne aos ubers, não passa de uma grande mentira, já que os meus vizinhos estrangeiros do lado são bastante respeitadores em tudo (como todos os moradores) e quando precisam chamam um uber dos pequenos. Podem confirmar com eles, arranjo tradutor.

4- Esta minha atitude foi um pouco radical, reconheço. Mas já me danificam a minha casa há 11 anos. Passo a vida a repará-la. Estou farta! Não são os moradores, com esses não tenho problemas, mas outros carros de porte largo e altos bem como camiões que vêm aqui dar a volta, desrespeitando a informação da placa que indica que apenas carros com 1,75m podem passar, tendo até já danificado a porta da garagem dos estrangeiros do nº 39, visto o parque ser demasiado pequeno. Esses não se importam minimamente com a informação da placa e vêm com uma velocidade de bradar aos céus.

Este ano, o sr. do nº 42, bem no inicio das obras, veio com falinhas mansas, falando em respeitar, etc. Acreditei. Quando comecei a ver os primeiros danos na parte de cima da minha casa e dado que ainda mantinha relações cordiais com ele e devido a uma má experiência idêntica há dois anos, pedi-lhe que deixasse um dos seus trabalhadores colocar brita nessa parte, ao qual paguei, claro. Foi a minha sorte, pois doutra forma teria muito mais prejuízos.

Quando via o camião a passar para cima e para baixo, dizia ao motorista, que não podia passar ali, que a placa de trânsito o impedia, a resposta era sempre a mesma : o meu camião vai onde eu quero, quando eu quero e sempre que eu quero. Queixava-me ao sr. do 42, que praticamente me respondia a mesma coisa afirmando que de outra forma demoraria muito mais tempo e que já tinha muitos gastos com a quinta do Monte.

Senti–me impotente e até atordoada, pois, além deste comportamento execrável, a policia nunca chegava a tempo para autuar este camião.

Com este tipo de atitudes desrespeitosas, ilegais e levando tudo à frente como se fosse lixo, na verdade, qualquer um fica rico e consegue quintas no monte e em vales ou em qualquer lugar.

Isto sucedeu durante quase três meses. Nessa altura fiquei doente e bastante deprimida.

Um dia, fui alertada por alguns dos moradores para verificar o meu tapassol, tendo-me dado conta que ele estava praticamente todo riscado quando antes apenas tinha um risco em cima . Falei com o sr. em causa através do meu advogado para que o reparasse. Não obtivemos resposta. Fiz queixa na policia. Que mais podia fazer?

Esse sr., certa vez, com grande desplante, abeirou-se de um casal de estrangeiros que tentava tirar a humidade que lhe chegava da rua, dizendo-lhes que não podiam fazer aquilo, quando esse casal conserta a sua casa sem ajuda e sem perturbar ninguém há anos a fio. Tem ele moral para falar? Que feio!!!

A parede da vizinha do nº 32 mete dó, os grandes riscos e raspões que já tinha, passaram a ser fossos em cima e em baixo.

E ando nisto há 11 anos. Estou cansada. Tenho pedido ajuda à câmara que está a analisar a situação. Sei que não é fácil resolver os imensos problemas que tem em mãos, assim mesmo faço-lhe aqui mais um Apelo - que olhe melhor para o problema deste beco e que não se esqueça de nós, pois :

-O parque é diminuto e os moradores que pagam o estacionamento à câmara muitas vezes encontram-no ocupado;

- Outras vezes, carros extra moradores estacionam no canto do parque (como o fez tantas vezes o sr. acima referido, tendo sido preciso a intervenção da policia devido à queixa de um morador que não conseguia voltar o seu carro), dificultando a circulação das viaturas dos moradores e de outros condutores;

Os sinais de trânsito que se encontram no inicio do beco deviam de ser reposicionados- um está demasiado alto, o sinal de beco sem saída necessita ser voltado para o inicio do beco, pois a posição em que se encontra não está bem visível, enganando muitos visitantes estrangeiros que andam a pé pela ilha e outros carros que pensam que o beco tem saída. Há moradores que já me pediram para alertar a câmara sobre isso;

Dizem certas pessoas que frequentam o café situado no inicio do beco que o carro do lixo quando faz a manobra para voltar deita as placas ao chão, devido ao seu tamanho e aos carros estacionados que lhe dificultam a manobra;

A minha casa e a da frente estão constantemente a ser danificadas por condutores sem escrúpulos que não respeitam as informações da placa que se encontra no inicio onde o beco estreita. É um sofrimento continuo. Já não sei mais o que fazer. Acho que estes imóveis mereciam ser protegidos e olhados pela lei de uma outra forma, porque se trata de um caso específico e excecional e merecem ser respeitados.

Aurora Arantes