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Farmacêuticos dizem que reunião com o Ministério foi uma "absoluta desilusão"

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O Sindicato Nacional dos Farmacêuticos (SNF) afirmou que a reunião de hoje com o Governo foi uma "absoluta desilusão", alegando que tinha a expectativa que fosse para iniciar as negociações, mas que serviu apenas de auscultação.

"A reunião [com o Ministério da Saúde] foi uma absoluta desilusão. Ao contrário da nossa expectativa, isto não foi uma primeira reunião de negociação dos problemas que estão há anos identificados em relação aos farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde (SNS)", lamentou o presidente do SNF.

Em declarações à Lusa, Henrique Reguengo salientou que o encontro "foi transformado numa reunião de auscultação dos problemas" que afetam os farmacêuticos que trabalham no SNS.

"O Ministério da Saúde sabe dos problemas que os farmacêuticos têm no SNS há anos. Obviamente que eu não estava a contar que, numa primeira reunião, as coisas se resolvessem, mas era expectável que fosse um verdadeiro início de negociação", afirmou o dirigente sindical.

Entre as reivindicações do sindicato, consta a revisão das grelhas salariais, que não são atualizadas desde 1999, assim como correção da atual carreira, uma vez que 80% dos farmacêuticos continuam na sua base, ao nível da categoria e da remuneração.

"Esperamos que, em função da reunião e da boa vontade que o secretário de Estado [da Saúde] manifestou, haja alguns desenvolvimento céleres, mas obviamente que os farmacêuticos não estão numa situação de ficar eternamente à espera que o ministério resolva a olhar" para as suas reivindicações, sublinhou Henrique Reguengo.

Segundo disse, o SNS tem, atualmente, "quadros perfeitamente insuficientes" para dar resposta às crescentes solicitações técnicas que são pedidas aos farmacêuticos e "não vai conseguir atrair jovens" desta área profissional se estas questões não forem resolvidas num curto prazo.

Estes profissionais estiveram em greve pela primeira vez em outubro e em novembro do ano passado, numa paralisação que teve uma adesão superior a 90%, segundo os dados do sindicato.