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Bulgária realiza a 2 de Abril quintas eleições gerais em dois anos

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A Bulgária realiza a 02 de abril próximo as suas quintas eleições gerais em dois anos, anunciou hoje o Presidente do país balcânico, Rumen Radev.

Citado pela agência de notícias Dnevnik, o chefe de Estado búlgaro precisou que emitirá o decreto correspondente a 03 de fevereiro, data em que será dissolvido o parlamento.

Assim se encerra o mais recente ciclo de incapacidade dos partidos políticos do país para formar Governo, após as eleições de 02 de outubro passado.

Essas eleições foram ganhas pelo partido populista conservador GERB, que ficou à frente do partido pró-europeu Continuemos a Mudança (PP), ambos com um número insuficiente de assentos parlamentares para formar um executivo a solo.

Os dois grupos parlamentares não conseguiram formar Governo, nem o Partido Socialista da Bulgária (BSP), quinto classificado nas eleições e o último a devolver, hoje, ao Presidente da República o mandato para nomear um executivo.

O parlamento búlgaro está muito fragmentado, com sete partidos mantendo vetos cruzados e divididos a favor e contra a Rússia após a sua ofensiva contra a Ucrânia, entre outras "linhas vermelhas".

A líder do BSP, Kornelia Ninova, devolveu hoje a Radev o terceiro e último mandato para formar um novo Governo para o país.

"Fizemos tudo o que era necessário para cumprir o terceiro mandato. Ficou claro que não foram alcançados nem o compromisso, nem a maioria necessária para um executivo. Por esta razão, devolvo o terceiro mandato", disse Ninova, numa breve cerimónia na Presidência da República, em Sófia.

Uma das principais linhas divisórias entre os partidos é a forte resistência do BSP, um partido ex-comunista com relações históricas com Moscovo, em fornecer ajuda militar à Ucrânia.

Além disso, os socialistas rejeitam que o país balcânico, o mais pobre da União Europeia (UE), entre na Zona Euro em 2024, como está previsto.

Outro tema espinhoso é uma alteração jurídica ao código eleitoral, apoiada pelo BSP e pelo GERB, para repor a votação através de boletins de voto em papel, juntamente com o sistema eletrónico, o que o PP rejeita por considerar que se trata de um instrumento de possível fraude eleitoral.