PS diz que pobreza na Madeira é resultado do "fracasso da governação" de Albuquerque
Sérgio Gonçalves voltou a defender a aplicação do diferencial fiscal em todos os escalões do IRS e a redução do IVA, para baixar os preços dos bens e serviços
O presidente do PS-Madeira, Sérgio Gonçalves, considerou esta terça-feira, 24 de Janeiro, que o facto de a Madeira ser a região do País com a mais alta taxa de risco de pobreza é resultado das políticas que têm sido seguidas pelo Governo Regional, apesar de Miguel Albuquerque desvalorizar os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística.
Madeira com 26% é a região portuguesa com maior risco de pobreza
Continua a ser mais elevado nas regiões autónomas, com Açores a ter o maior aumento entre 2020 e 2021
Albuquerque considera que taxa sobre o risco de pobreza na Madeira "não reflecte a realidade da nossa sociedade"
O presidente do Governo Regional da Madeira desvalorizou hoje os dados do INE relativos à taxa de risco de pobreza na Região Autónoma da Madeira por entender que os mesmos não reflectem a realidade da nossa sociedade.
“Provavelmente, desconfia dos dados porque desconfia da sua própria governação”, disse, em conferência de imprensa, o presidente do PS-M, sublinhando que “estes indicadores são resultado dessa mesma governação ao longo dos últimos anos”.
O líder dos socialistas deu vários exemplos que mostram a difícil situação vivida por cada vez mais madeirenses, nomeadamente as dificuldades da classe média para adquirir habitação e o facto de na última década 17 mil pessoas terem saído da Madeira por falta de oportunidades, muitas das quais jovens qualificados: “São demasiados indicadores que validam aquele que é o fracasso da governação deste Governo Regional liderado por Miguel Albuquerque”.
Sérgio Gonçalves deu também conta do facto de haver sectores que são anunciados como pujantes e com excelente desempenho – como a construção, o imobiliário e o turismo – mas sem que isso se reflicta ao nível da remuneração dos trabalhadores, o que faz com que as famílias sintam cada vez mais dificuldades com o aumento das taxas de juro e da inflação.
Acusando o Executivo de não implementar medidas para esbater estas dificuldades, o presidente do PS voltou a defender a aplicação do diferencial fiscal em todos os escalões do IRS e a redução do IVA, para baixar os preços dos bens e serviços.
Sérgio Gonçalves aproveitou ainda para reagir ao facto de o PSD realçar o maior aumento do salário mínimo desde 2015, afirmando que isso se deve “essencialmente às políticas do Governo da República do PS, que definiu como meta o aumento do salário mínimo dentro destas duas legislaturas e tem cumprido, o que, naturalmente, tem reflexo também aqui na Região”.