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PJ detém homem suspeito de ameaçar matar o Presidente da República

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FOTO TIAGO PETINGA/LUSA

A Polícia Judiciária (PJ) deteve hoje, em Lisboa, um homem suspeito de ameaçar matar o Presidente da República, confirmou à Lusa fonte do órgão de polícia criminal.

A informação foi avançada pela CNN Portugal, que refere que as ameaças a Marcelo Rebelo de Sousa surgiram em outubro, numa carta enviada para a Casa Civil em que alegadamente era exigido o pagamento de um milhão de euros para não matar o chefe de Estado -- com indicação da conta bancária para onde deveria ser feita a transferência do dinheiro - e que incluía ainda uma bala.

O envelope com a carta e a bala foram então remetidos para a Unidade de Contraterrorismo da PJ e sujeitas a perícias no Laboratório de Polícia Científica.

Segundo a estação televisiva, a operação da PJ envolveu fortes medidas de segurança, uma vez que o suspeito detido terá antecedentes criminais associados a criminalidade violenta. O homem será entretanto presente a um juiz para conhecer as medidas de coação.

Num comunicado divulgado ao final da manhã, a PJ esclareceu que o detido é "suspeito da prática dos crimes de coação agravada, de extorsão na forma tentada e de detenção de arma proibida", tendo por base factos ocorridos em 26 de outubro de 2022 e que estavam também a ser investigados pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

"Uma aturada investigação por parte da Unidade Nacional Contra Terrorismo, permitiu chegar à identificação do presumível autor da prática dos mencionados crimes, tendo nesta data sido realizada uma busca à residência deste, e a apreensão de vários elementos de prova", pode ler-se na nota enviada às redações, que realça os "vastos antecedentes criminais" do suspeito.

No passado mês de novembro, Marcelo Rebelo de Sousa desvalorizou a situação, destacando ter recebido mais "ameaças" quando tinha um programa de televisão na RTP e na TVI do que em Belém. "Quem anda nesta vida, e eu já ando há 30 anos, tem disto, enfim, às dezenas. Acontece. Eu não dou grande importância", disse, então, à CMTV.

O Presidente da República referiu que este tipo de situações acontece espaçadamente, nunca se tendo confirmado qualquer gravidade.

"Isto acontece espaçadamente, nunca se veio a confirmar qualquer gravidade da situação. Normalmente há o caso da perturbação ou nem é possível investigar o que se trata porque são cartas anónimas e, portanto, aqui também não porque estava fora. Estando fora, os serviços entenderam comunicar à Policia Judiciária", afirmou.