Mais de 4.100 capacetes azuis morreram em 75 anos de missões de paz da ONU
Mais de 4.100 capacetes azuis morreram desde que a ONU lançou a sua primeira operação de manutenção da paz há 75 anos, um marco que a organização comemora este mês com uma campanha de informação.
No âmbito deste aniversário, o chefe das operações de paz, Jean-Pierre Lacroix, visitará Jerusalém, sede da primeira das missões destacadas, a Organização de Supervisão de Tréguas das Nações Unidas, criada em 1948.
Desde então, a organização realizou 71 operações onde serviram tropas de 125 países, disse o porta-voz Stéphane Dujarric.
No total, a ONU acumula 4.266 baixas nesses 75 anos de história, levando em conta mortes em missões de paz e também algumas operações políticas especiais.
A missão que regista maior número de vítimas é a Força Interina das Nações Unidas para o Líbano (UNIFIL), com 325 mortos desde que foi criada, em 1978.
No entanto, nos últimos anos, as operações mais perigosas foram as realizadas em países africanos como Mali ou a República Democrática do Congo, que em muito menos tempo acumularam mais de 250 mortes.
A visita de Lacroix a Jerusalém fará parte de um périplo pelo Oriente Médio que começou nas Colinas de Golã, onde também estão estacionados os capacetes azuis, e que o levará também ao Líbano.