Sobe para 11 o número de mortos em massacre na Califórnia
O número de mortos no massacre num salão de dança no estado norte-americano da Califórnia subiu segunda-feira para 11, após uma das 10 pessoas levadas com vida para o hospital não ter resistido aos ferimentos, segundo fontes oficiais.
O Departamento de Serviços de Saúde do Condado de Los Angeles disse que uma das vítimas acabou por morrer devido a ferimentos de bala, que terão sido feitos por um atirador de 72 anos de origem asiática.
"Estamos tristes em anunciar que uma das vítimas sucumbiu aos ferimentos", disse o hospital, que atendeu quatro dos 10 feridos do tiroteio.
Depois de uma extensa caça ao homem que, segundo a polícia, terminou com o suicídio do atirador, os investigadores do condado de Los Angeles ainda trabalham para desvendar as motivações que levaram ai massacre de Monterey Park, uma cidade perto de Los Angeles, na Califórnia.
Nesta cidade de 60 mil habitantes, muitos ainda não acreditam que tal ato pudesse ter ocorrido neste subúrbio predominantemente asiático de Los Angeles, conhecido pela sua tranquilidade e que celebrou o Ano Novo Lunar na noite de sábado.
O tiroteio ocorreu num salão de dança por volta das 22:00 locais (06:00 de domingo em Lisboa) numa zona onde, horas antes, centenas de pessoas celebraram o Ano Novo Chinês, e foi levado a cabo por um homem armado com uma metralhadora, que descarregou vários carregadores da arma, segundo o jornal Los Angeles Times.
Depois do massacre em Monterey Park, o atirador dirigiu-se a outro salão de dança próximo, mas não conseguiu fazer mais vítimas depois de ser desarmado por um jovem.
Horas mais tarde, as autoridades norte-americanas tomaram de assalto uma carrinha que acreditam estar ligada ao atirador.
Pelo menos dois buracos de bala eram visíveis na janela do lado do condutor no momento anterior à aproximação da brigada da polícia, e o condutor parecia estar caído por cima do volante, segundo o Los Angeles Times.
O jornal cita várias fontes policiais, segundo as quais o homem se terá matado com uma arma de fogo.
De acordo com a imprensa local, o suspeito era um ex-frequentador do salão de dança, onde, aliás, conheceu a sua ex-mulher.
O tiroteio durante as celebrações do Ano Novo Lunar causou uma onda de medo nas comunidades ásio-americanas e lançou uma sombra sobre as festividades em todo o país.
O massacre foi o quinto assassínio em massa do país só este mês e atingiu umas das maiores festividades observadas em muitas culturas asiáticas, desferindo um novo golpe numa comunidade que tem sido alvo de violência e preconceito nos últimos anos nos Estados Unidos.
Foi também o ataque mais mortal desde 24 de maio, quando 21 pessoas morreram numa escola primária em Uvalde, no Texas, num país devastado pela violência armada.