O modelo
Quando pensamos no futuro e no nosso modelo de desenvolvimento chega-se facilmente à conclusão que não é prudente permanecermos limitados ao mesmo plano eternamente.
A evolução das coisas encarrega-se de nos sugerir caminhos que ampliam o espectro, apontam para uma maior diversificação da economia e permitem que não fiquemos dependentes em exclusivo de sectores que podem, face às circunstâncias de cada momento, mostrar-se voláteis e inconstantes por influência de factores externos. A pandemia ofereceu-nos um primeiro ensinamento prático que na teoria já antecipávamos.
O governo, acompanhando com clarividência os novos tempos, promove o alargamento do painel das áreas económicas que nos podem valer. Para não ficarmos reféns das que, por razões exógenas que não controlamos, nos surpreendam negativamente. Já surgem as tecnológicas e o imobiliário a disputar a primazia com aqueles que foram matriz no passado e continuam sendo fundamentais no presente.
Entre outras que o passar dos dias nos ditará, atrever-me-ia a acrescentar uma eventual, mas possível, aposta na ciência. Não podemos competir com o potencial económico de países emergentes cuja mão de obra, sendo explorada ou não, anula a concorrência nessa matéria.
Mas temos condições para atrair cientistas que possam aproveitar o que temos para oferecer, - qualidade de vida, clima, segurança, aptidão na educação e na saúde, sobretudo com o novo hospital - para desenvolverem o seu trabalho e daí retirarmos os eventuais dividendos. A aposta na vertente universitária, designadamente no curso de medicina, pode albergar uma componente de investigação criando um polo científico e resultar bem sucedida.