Madeira

Ensino Superior é "responsabilidade da República"

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O grupo parlamentar do PSD e a JSD/Madeira promoveram um debate, no Salão Nobre da Assembleia Legislativa da Madeira, em que estiverem em foco questões relacionadas com o ensino superior, como o contingente de acesso das regiões autónomas, o sub-financiamento da Universidade da Madeira e o chumbo, na Assembleia da República, da proposta relativa ao estudante-atleta.

Bruno Melim, deputado e líder da JSD, lembrou que o ensino superior é “uma responsabilidade da República”, mas tem sido o Governo Regional a assumir, desde 2018, algumas dessas responsabilidades.

O deputado referiu que este debate era uma oportunidade de reflexão sobre os desafios do ensino superior no futuro, em especial no que se refere à internacionalização da Universidade da Madeira.

Uma Universidade que, embora estando localizada na nossa Região, conforme destacou o Secretário Regional da Educação, é uma universidade do país.   Por isso mesmo, “deve ter acesso às mesmas condições que todas as outras universidades”.

Jorge Carvalho, um dos oradores da conferência, diz que a UMa deve ser tratada de forma "equitativa" e alvo de "discriminação positiva", devendo ser considerado, tanto para o seu financiamento como no apoio aos estudantes, o facto de estar localizada numa região ultraperiférica.

“Para nós, a universidade na Madeira é fundamental para o desenvolvimento e afirmação da Região, para a formação dos nossos jovens, para o desenvolvimento de um conhecimento que se pretende para as várias áreas da Região, mas acima de tudo uma universidade que acompanha aquilo que é o desenvolvimento do país”. Jorge Carvalho, secretário regional da Educação, Ciência e Tecnologia.

O  Reitor da Universidade da Madeira, Sílvio Fernandes, afirmou que a UMa tem vindo a ser subfinanciada há muitos anos, e perdido milhões, não sendo o valor que recebe proporcional à sua população quando comparado com o valor recebido por outras universidades. Se fossem consideradas questões de ultraperiferia  e da insularidade, a Universidade da Madeira deveria receber entre 4 a 7 milhões de euros.