O Plano Regional de Saúde evidencia objectivos e estratégias para os conseguir, mas também deveria enunciar os meios (recursos humanos, financeiros), discriminar tarefas, elencar a responsabilidade pelo cumprimento de cada uma dessas tarefas e identificar indicadores de execução dessas tarefas. Por exemplo, o Plano prevê, e muito bem, medidas de prevenção na saúde, mas é necessária uma abordagem multissectorial com responsabilidades partilhadas para conseguir impor essa estratégia, nomeadamente, educar a população, dar condições à população para praticar desporto, viver menos sedentariamente e alimentar-se melhor, etc. Para isso são necessários recursos e identificar os executantes dessas medidas. Ao discriminar a tarefa deve obter-se um indicador de execução dessa tarefa (ex: população que pratica desporto, numero de fumadores), não um objectivo final da tarefa (ex: diminuição dos tumores). Valter Rodrigues, MPT-Madeira

No período 2011-2021, Portugal e a Região Autónoma dos Açores registaram a redução de 2% na população residente; na RAM o decréscimo foi de 5%; Em 2011, por cada 100 jovens havia 87 pessoas com, pelo menos 65 anos. Este rácio aumentou e em 2020, por cada 100 jovens com idade até 15 anos havia na RAM 136 pessoas com 65 e mais anos; Estimou-se em 2020 que 44% da população regional vive com alguma doença crónica ou problema de saúde prolongado; 10,4% da população com mais de 15 anos declaram sofrer de depressão; 16% dos entrevistados com 15 e mais anos consideram ter suporte social fraco. Estima-se que na RAM existam 4.869 pessoas com 15 e mais anos que não têm nenhuma pessoa próxima a quem recorrer; 15,4% da população está insatisfeito ou ligeiramente insatisfeito com a vida; Em 2021, 12,8% da população considera que o seu estado de saúde é mau ou pior; 63,5% da população com mais de 15 anos não praticam qualquer exercício físico durante a semana; Menos de 50% da população consome sopa. Valter Rodrigues, MPT-Madeira