Madeira

'O valor da democracia' em debate na Escola Francisco Franco

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Quatro oradores convidados – o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, o director do DIÁRIO de Notícias, Ricardo Miguel Oliveira, o subdirector do JM, Miguel Silva e um jovem dinamizador do Projecto 'Erasmus +', Hugo Carvalho –, vão estar esta quarta-feira,  25 de Janeiro, pelas 15h15, na sala de sessões da Escola Secundária de Francisco Franco (Funchal), para uma palestra que visa debater 'O valor da democracia'.

Contexto explicado por Miguel A. Palma Costa, da Escola Francisco Franco

Hoje, líderes de nações e diversos políticos na Europa, na América do Sul, em África ou na Ásia, todos (ou quase todos) se dizem “democráticos”, desde os comunistas aos que seguem forças políticas de extrema-direita e que se inspiram na ideologia nacionalista, sobretudo, a racista do nacional-socialismo.

Aqui está uma das virtudes (concessão), mas, para alguns, ‘fraqueza’ da democracia, que nas palavras do grande estadista e ex-primeiro-ministro do Reino Unido entre 1940 e 1945 (2.ª Guerra Mundial), Winston Churchill, “é o pior dos regimes, à excepção de todos os outros”.

Se fizermos uma breve (e rápida) revisão do que foi o ano de 2022, nele as múltiplas narrativas sobre a decadência/crise da democracia liberal proliferam, não esquecendo o início de mais uma sangrenta guerra na Europa, depois do fracasso da diplomacia, e das consecutivas ameaças de Putin aos países do Ocidente, caso estes se decidissem pela interferência no conflito.

Infelizmente a guerra ainda perdura e a democracia está em perigo, agora com o maior recuo da liberdade política dos últimos anos, resultado de uma pandemia que impulsionou/agravou a sua deterioração e que continua a contagiar e somar vítimas. Esta também expôs a frágil ‘saúde’ dos governos democráticos e, segundo um estudo do Instituto Internacional para a Democracia e Assistência Social (International IDEA), lamentavelmente o nosso país foi o único da Europa Ocidental com uma queda em três dos parâmetros que medem a qualidade das democracias. Já não somos uma democracia plena.

Para alguns especialistas nestas matérias, a democracia continua a mostrar a sua força. Por outras palavras, este modelo não é por natureza um regime mole, intimidável e decadente e a União Europeia e os Estados Unidos demonstram-no! Em contrapartida, outros autores defendem o oposto, isto é, que a democracia ocidental está ferida de morte, desgastada, corrompida, pois os cidadãos já não contam com a responsabilização geral dos governantes e a liberdade é cada vez mais vigiada e condicionada por quem detém o poder. Dizem que o poder efectivo, real, já não é o poder democrático, mas sim o poder económico.

De salientar que o evento é organizado pelo novo projecto da Escola Secundária de Francisco Franco, 'Educação, Cidadania e Democracia para o século XXI', e contará com a presença de professores e alunos.