Presidente dos EUA alvo de novas buscas e apreensão de documentos
O departamento de Justiça dos Estados Unidos apreendeu vários documentos com informação confidencial em novas buscas realizadas na sexta-feira em casa do Presidente norte-americano em Wilmington, Delaware, revelou no sábado o advogado de Joe Biden.
De acordo com Bob Bauer, citado pela agência Associated Press, as autoridades apreenderam "materiais condizentes com a investigação, incluindo seis que consistem em documentos com marcas de confidencialidade e outros materiais relacionados".
Alguns do documentos apreendidos dizem respeito ao tempo de serviço de Joe Biden no Senado norte-americano e outros enquanto vice-presidente, na administração de Barack Obama, referiu o advogado.
As buscas duraram 13 horas na residência em Wilmington, no estado de Delaware.
Há uma semana, a Casa Branca divulgou que os advogados de Biden encontraram documentos confidenciais e registos oficiais em quatro ocasiões distintas - em 02 de novembro nos escritórios do Penn Biden Center em Washington, em 20 de dezembro na garagem da casa do presidente em Wilmington, Delaware, e em 11 e 12 de novembro na biblioteca da residência do chefe de Estado.
As novas buscas aconteceram um dia depois de Joe Biden ter desvalorizado a polémica, garantindo que não estava arrependido e que não existia qualquer caso.
A descoberta de documentos confidenciais, datados da vice-presidência de Biden (2009-2017), complica uma investigação federal sobre o ex-presidente Donald Trump, que, segundo o Departamento de Justiça, levou consigo centenas de registos marcados como confidenciais ao deixar a Casa Branca no início de 2021 e resistiu durante meses aos pedidos para devolvê-los ao Arquivo do país.
Embora os dois casos sejam diferentes - Biden, por exemplo, entregou voluntariamente os documentos encontrados - ainda se tornou uma dor de cabeça política para um Presidente que prometeu uma rutura total com as operações e métodos do governo de Trump.
O caso também complica os últimos dois anos do mandato de Biden antes das eleições presidenciais de 2024, às quais ainda não confirmou se irá concorrer.