Madeira

Morreu Juvenal Silva, mentor e coordenador do mega presépio do Galeão

A notícia foi avançada pelo presidente do Governo Regional nas redes sociais

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Foto Aspress

"Deixou-nos o amigo Juvenal Silva, o mentor e coordenador do mega presépio do Galeão, que ainda há tão pouco tempo visitei", escreveu há minutos Miguel Albuquerque numa publicação partilhada na sua página de Facebook.

O presidente do Governo Regional enalteceu a "criatividade e visão" de Juvenal Silva, que "tanto deu à Madeira, maravilhando-nos, ano após ano, com a ambição e magnificência da sua obra".

"Partiu um homem bom que deixou a sua indelével marca na cultura popular madeirense e que deixa muita saudade. À família e demais amigos deixo as minhas sentidas condolências", escreveu ainda o governante.

O legado de Juvenal Silva

O mega presépio do Galeão, que vai já na sua vigésima quinta edição, é o grande legado de Juvenal Silva, que antes já havia realizado projectos semelhantes, embora de menores dimensões, em Santo António e em São Martinho, onde a sua família começou com a tradição.

Tradição, é de resto, a palavra chave quando olhamos para a obra magna de Juvenal Silva e, por isso, evocamos memória de quem tanto se esforçou por manter vivos os costumes madeirenses.

Juvenal Silva fala à TSF sobre a história do presépio (19/12/23):

Localizado junto ao centro de saúde de São Roque, é uma lapinha em ponto gigante, composta por 19 quadros alusivos às diferentes freguesias da Madeira.

Ao todo conta com mais de duas mil peças representativas das tradições antigas e enraizadas nos costumes populares, distribuídas por cerca de mil metros quadrados.

O processo de concepção do presépio do Galeão leva três meses e necessita do trabalho diário de oito homens. 

Na visita realizada, em 19 de Dezembro último, o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado, manifestou a intenção de manter este presépio todo o ano, nomeadamente através da criação de um museu vivo.

Calado quer presépio do Galeão todo o ano

Pedro Calado, visitou hoje o presépio do Galeão, no edifício da Associação Cultural e Recreativa, junto ao Centro de Saúde de São Roque. Um presépio que vai na 25ª edição e conta com mais de cinco mil peças.

Em entrevista ao DIÁRIO, em Fevereiro de 2009, Juvenal Silva contava como a Associação Cultural e Recreativa do Galeão, da qual foi presidente, ajudou a mudar o bairro, hoje célebre pelo seu presépio. Recorde-o aqui: