Madeira não vai adoptar medida de limitar a venda de casas a estrangeiros não residentes
O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, garantiu hoje que, por agora, a Região não vai seguir o exemplo do Canadá, que recentemente proibiu a venda de casas a estrangeiros não residentes no país como medida de controlo à especulação.
“Nós não queremos fazer isso. Acho que neste momento o imobiliário na Região está a correr muito bem. Fechamos o ano de 2022 com mais de 640 milhões de euros de transacções e nós somos uma Região cosmopolita”, afirmou.
No entanto, Miguel Albuquerque referiu que esta medida não está totalmente fora de questão no futuro. “Neste momento, as perspectivas que nós temos do mercado é que não está ultra congestionado ou ultra especulativo, como pode estar a acontecer com outros países”, disse, explicando que a subida de preços registada na Região “é normal” e que a fixação dos residentes estrangeiros tem tido “efeitos muito dinâmicos” na economia local dos diversos concelhos, como são os exemplos da Calheta, Ribeira Brava e Ponta de Sol, locais onde há alguns anos seria “impensável se vender casas pelo valor que se está a vender”.
Apesar do sector imobiliário madeirense registar um aumento de preços, o governante salientou que o Governo Regional tem a preocupação de garantir um conjunto de medidas para que as famílias madeirenses tenham acesso à habitação em todos concelhos a preços acessíveis. “No fundo corresponde aquele programa da renda acessível que estamos a desenvolver em todos os concelhos, justamente para evitar que os preços subam e que as famílias e todos os jovens casais tenham a possibilidade de aceder a uma habitação a preços condignos”, concluiu.