Projecto Margullar recebeu prémio na FITUR 2023
Distinção foi entregue ontem pela Associação Internacional para a Cooperação Turística no âmbito da 43.ª Feira internacional de Turismo de Madrid
A Associação Internacional para a Cooperação Turística (ASICOTUR) entregou ontem, no âmbito da 43.ª Feira internacional de Turismo de Madrid - FITUR 2023, o diploma de Reconhecimento à Cooperação Turística Internacional 2022” ao projeto Margullar, um projeto financiado pelo INTERREG MAC 14-20.
Trata-se de um projeto que envolveu a Madeira (através dos parceiros regionais, a Secretaria Regional de Turismo e Cultura e a Associação Comercial e Industrial do Funchal), os Açores, Canárias (Lanzarote), Cabo Verde e Senegal e que foi distinguido pela ASICOTUR tendo em conta que é um exemplo destacado de cooperação turística internacional para a criação e lançamento de um novo produto turístico arqueológico subaquático que promove a conservação e proteção do património da Macaronésia.
Os diplomas de reconhecimento para cada território parceiro do projeto, foram entregues esta quinta-feira no pavilhão do VisitArgentina, numa cerimónia que contou, além dos representantes dos parceiros, com a presença de altos dignatários de outros países, nomeadamente dos ministros de turismo da Argentina, da Venezuela e da Bolívia, entre outros. O prémio atribuído à Madeira foi recebido por Tomás Faria, adjunto do secretário regional do Turismo e Cultura é um dos gestores do projecto, que na ocasião destacou o trabalho conjunto realizado e a importância deste projecto na valorização turística dos destinos.
O chefe de fila do projeto, o Cabildo de Lanzarote, além de um diploma recebeu uma escultura em pedra, feita por um artesanato local, na qual foram gravados o nome “Margullar” e o número de quilómetros que separam Ourense (sede da ASICOTUR) e aquela ilha de Canárias.
O Margullar teve como intuito a conservação, proteção, promoção e uso dos bens do património arqueológico subaquático das ilhas da Macaronésia, através da criação de um novo produto turístico. Iniciado em 2017, foi uma oportunidade para obter mais informações e realizar descobertas ao nível da arqueologia subaquática e potenciar esse conhecimento com uma maior valorização do património em causa.
Na Madeira, foi criada a Rota Arqueológica Subaquática da Ponta de São Lourenço, tendo como atrativo um navio que naufragou ali em meados do século XIX, o SS Newton com base nos estudos desenvolvidos pelo CEAM - Centro de Estudos de Arqueologia Moderna e Contemporânea, em parceria com o CINAV – Centro de Investigação da Marinha Portuguesa e o CHAM – Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas de Lisboa e com o apoio da Oceânica - Associação para a Investigação e Promoção do Mar da Madeira.