Costa justifica alteração orgânica pela importância "central" da habitação
O primeiro-ministro justificou a alteração orgânica introduzida no seu Governo com a separação das Infraestruturas da pasta da habitação antes tuteladas pelo ministro cessante Pedro Nuno Santos, alegando que a habitação é área central em Portugal.
Esta posição foi transmitida por António Costa logo na sua intervenção inicial na conferência de imprensa, na primeira vez que se referiu às escolhas de Marina Gonçalves para ministra da Habitação e de João Galamba para ministro das Infraestruturas.
"Propus hoje ao Presidente da República, que aceitou, por um lado, uma alteração orgânica, autonomizando num Ministério próprio as políticas de habitação. A habitação é hoje uma preocupação central na sociedade portuguesa", declarou o líder do executivo.
Perante os jornalistas, António Costa disse que estão neste momento contratualizadas 233 estratégias locais de habitação para, "em parceria com os municípios responder às necessidades das famílias mais vulneráveis e da classe média, em particular das novas gerações".
"No Plano de Recuperação e Resiliência, só para habitação, estão reservados 2,7 mil milhões de euros para executar até ao final da presente legislatura e que representarão uma mudança estrutural neste mercado", disse.
A seguir, referiu à infraestruturas: "É necessário dar pronta execução aos investimentos previstos, em particular na ferrovia, pelo que era indispensável no Ministério da Infraestruturas poder concentrar capacidade executiva", justificou, aqui numa alusão à escolha de João Galamba.