Costa salienta que administração "está em funções e vai manter-se em funções"
O primeiro-ministro salientou hoje que a administração da TAP vai manter-se em funções e que a indemnização que pagou a Alexandra Reis será alvo das averiguações da Inspeção Geral de Finanças (IGF) em relação à sua legalidade.
Esta posição foi transmitida por António Costa em conferência de imprensa, depois de ter sido questionado se mantém a confiança na administração da TAP após o caso relacionado com o pagamento de uma indemnização de meio milhão de euros a Alexandra Reis, quando a secretária de Estado cessante do Tesouro integrou a chefia executiva da transportadora área nacional.
"A TAP aí está a voar e brevemente vão dar boas notícias quando apresentar os resultados de 2022. Quanto à administração, está em funções e em funções se mantém", respondeu o líder do executivo, antes de se referir ao caso da indemnização.
"O Governo fez o que lhe competia: Determinou à IGF que proceda a uma inspeção para apurar se houve alguma ilegalidade. Mas a administração da TAP está em funções e brevemente apresentará os resultados de 2022. Tanto quanto sei, esses resultados serão uma boa notícia para os portugueses", acrescentou.
Já sobre a questão se está arrependido da sua opção de ter comprado capital privado da TAP em 2016, colocando o Estado com uma participação de 50% da empresa, António Costa recusou.
"Foi muito importante essa compra feita no início de 2016. A presença do Estado na TAP assegurou grande estabilidade na empresa ao longo dos anos. Permitiu que quando chegou a crise do covid-19 o Estado tivesse reforçado a sua participação, mas não tivesse então de partir do zero", argumentou.
Interrogada sobre a abertura de um inquérito pelo Ministério Público a este caso da indemnização, o primeiro-ministro invocou "a total autonomia" do poder judicial.
"Se entendeu que há motivo para abrir inquérito, excelente. Da parte do Governo o que lhe competia fazer quanto ao apuramento da legalidade já foi determinado a abertura de uma ação inspetiva por parte da IGF. Quanto ao mais, em relação ao Governo, compete-nos dotal de mais meios os órgãos de polícia criminal para combater a corrupção ", acrescentou.