"Estudantes madeirenses continuam a ser deliberadamente prejudicados”
Quem o diz é o deputado social-democrata e líder da JSD, Bruno Melim
“Os estudantes madeirenses continuam a ser deliberadamente prejudicados”, afirmou, hoje, dia 3 de Janeiro, o deputado e líder da JSD, Bruno Melim, após uma reunião com os representantes dos Cursos de Desporto, da Universidade da Madeira. Em causa está a reprovação, no passado dia 20 de Dezembro, apenas com os votos contra do Partido Socialista, na Assembleia da República, de uma proposta de alteração do PSD/M ao Estatuto do Estudante-Atleta.
Bruno Melim explicou que esta iniciativa conjunta do Grupo Parlamentar do PSD/M e da JSD/M "pretendia alargar os direitos dos atletas-estudantes das Regiões Autónomas, nomeadamente nas condições de acesso ao referido estatuto", pelo que considera que "este é mais um exemplo de como as propostas vindas da Madeira, mesmo quando aprovadas por unanimidade, são objecto de desconfiança por quem governa o país".
“Continuamos a não compreender o voto contra dos deputados do PS a uma proposta que, ao alargar os direitos dos estudantes atletas das ilhas, não tinha qualquer impacto orçamento”, argumenta o parlamentar citado em nota de imprensa.
O deputado e líder da JSD realça que, entre outras coisas, a proposta previa "a possibilidade de integração dos jovens árbitros como beneficiários deste estatuto, uma vez que, atualmente, não são contemplados, assim como um mecanismo de inclusão dos estudantes madeirenses e açorianos no ensino superior, reconhecendo os desafios e as vicissitudes que estes enfrentam e atribuindo-lhes uma melhoria nas condições de acesso, à semelhança do que já acontece no acesso ao Ensino Superior".
Com o chumbo na generalidade, "todos os estudantes continuam a ficar desprotegidos, uma vez que não lhes é assegurada a diferença no que diz respeito, por exemplo, às deslocações", adianta Bruno Melim, salientando que “várias federações exigem que os atletas se encontrem 24 horas antes do início de qualquer competição no local onde esta decorrerá, pelo que é inevitável que de 15 em 15 dias um estudante atleta oriundo das Regiões Autónomas seja obrigado a faltar a um dia de aulas", para que possa cumprir os requisitos de participação nas competições.
No entender do líder da JSD/Madeira, “se somarmos a esta condicionante a obrigatoriedade do mérito desportivo inscrito no actual estatuto, estão reunidas as condições para que poucos estudantes-atletas oriundos das Regiões Autónomas possam ter acesso ao referido estatuto".
Nesse sentido, considera que, “chumbar todas as alterações propostas, é assumir que os estudantes madeirenses e açorianos são deliberadamente prejudicados”.
Buno Melim reiterou ainda o compromisso de "continuar a avaliar a situação e as possíveis soluções por forma a resolver o problema dos estudantes atletas madeirenses".