Albuquerque quer financiamento à Saúde salvaguardado na revisão da lei das finanças regionais
Líder do Executivo madeirense destacou os sobrecustos da saúde para o utente regional, na ordem dos 34% quando comparado com o continente
O presidente do Governo Regional quer ver contemplado na revisão da Lei das Finanças Regionais o financiamento para a Saúde na Madeira, cumprindo, desta forma, o que esta plasmado na Constituição.
Miguel Albuquerque disse mesmo que a regionalização da Saúde "não foi um mau negócio para o Estado", que, até ao momento, diz não assumir qualquer responsabilidade no que respeita à prestação de cuidados de saúde aos madeirenses.
Foi na cerimónia de recepção aos novos médicos internos que iniciam hoje a sua formação no Serviço Regional de Saúde (SESARAM), que o líder do Executivo regional falou, também, nos custos acrescidos da saúde para o utente regional, na ordem dos 34% superior ao do continente. Para esse acréscimo contribuem a ultraperiferia e os investimentos no Sistema Regional de Saúde para manter a qualidade dos cuidados prestados.
Albuquerque destacou, igualmente, o facto de estes jovens médicos que hoje iniciaram funções na Madeira, poderem vir a fazer parte do seu percurso no novo hospital que está a ser construído.
O presidente do Governo Regional salientou o investimento que tem sido feito na área da saúde e que será para manter, mostrando-se empenhado em conseguir acompanhar a evolução tecnológica em medicina.
O líder do Governo Regional não colocou de parte a possibilidade de a Região estabelecer acordos com os grandes centros de investigação mundiais, para trazer para a Madeira parte dos estudos que estão a ser desenvolvidos. Nesse sentido destacou o facto de 5 mil metros quadrados da nova unidade de saúde em construção se destinar à investigação. Nas palavras de Albuquerque, a Madeira pode beneficiar do isolamento que a condição insular pode garantir, significativo na realização de determinados estudos.