PSD diz que Costa "não tem bom senso" se não aplicar questionário ao Governo
O PSD afirmou hoje que o primeiro-ministro não terá bom senso se não aplicar o questionário para candidatos a governantes aos atuais membros do executivo, defendendo que este será também o entendimento do Presidente da República.
Numa declaração política no parlamento, o deputado Miguel Santos abordou o questionário -- aprovado pelo Governo em 12 de janeiro - de verificação prévia a preencher por convidados para ministros ou secretários de Estado com 36 perguntas, que abrange os últimos três anos de atividades e se estende ao agregado familiar.
Nos últimos dias, o Presidente da República tem defendido que o questionário para candidatos a governantes também se aplica a quem já está em funções, por "bom senso cívico", realçando que abrange matérias não cobertas pela declaração de rendimentos e património.
"O Presidente da República fala em bom senso, diz que o primeiro-ministro tem de ter bom senso e o bom senso é atingido se primeiro-ministro submeter todos os membros do Governo ao dito questionário. Se não o fizer, é um primeiro-ministro - na qualificação do Presidente da República - sem bom senso", acusou Miguel Santos.
Na quarta-feira, interrogado se os atuais membros do Governo devem também preencher o inquérito de 36 perguntas, António Costa alegou não haver necessidade disso.
Segundo o primeiro-ministro, os atuais membros do Governo "já cumpriram essas obrigações" através das declarações de rendimentos e património e "se houver algum problema o Tribunal Constitucional, o Ministério Público ou a Assembleia da República tomarão as medidas adequadas".