Madeira

IL exige respostas perante a gravidade das declarações de Sérgio Marques

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A Comissão Coordenadora Iniciativa Liberal Madeira teceu hoje algumas considerações sobre a reportagem sobre os meandros do poder dentro do governo regional da Região Autónoma da Madeira, divulgada no passado domingo.

“Uma novela em vários actos, narrada na primeira pessoa por um deputado do PSD na Assembleia da República, que descreve a forma como alguns governantes promoveram o desperdício de dinheiros públicos e ilustra de forma crua e chocante as intrigas do poder e as relações com alguns grupos económicos ao longo dos anos”, aponta o partido, em nota de imprensa, adiantando ainda que leram, “com espanto e estupefação mas sem surpresa, o apontar de dedos para dentro do PSD-M - uns garantem que a sua gestão foi exemplar, que acudiu as necessidades da população;  outros discordam e expõem os desvarios dos colegas de governo, de partido, as demandas de empresários e toda uma teia de procedimentos repletos de opacidade entre o poder político e o poder económico”.

A Comissão Coordenadora Iniciativa Liberal Madeira aponta que o PSD-M quis matar o mensageiro, mas que, perante a gravidade das declarações, ficam por responder diversas questões:

a) é verdade que alguém mandou despedir o Eduardo Jesus? Quem e por que razão?

b) é verdade que alguém mandou despedir Sérgio Marques? Quem e por que razão? Essa mesma pessoa ou entidade forçou igualmente a demissão de ontem?

c) as “obras inventadas” foram adjudicadas exactamente por quem e a quem? Com que objectivo?

d) quanto é que nos custaram essas "obras inventadas"?

e) tendo sido da responsabilidade de Sérgio Marques a privatização do Jornal da Madeira, sentiu-se de alguma forma pressionado para vender este órgão de comunicação social a quem foi vendido?

f) finalmente, a provar que este GR não aprendeu nada com os erros passados e que se prepara para repeti-los, veja-se as mega obras que se avizinham (túnel da Ajuda e aumento do Porto do Funchal, por exemplo) em que vão ser desbaratados milhões e milhões de euros sem que o interesse público o justifique, endividando ainda mais cada um dos madeirenses.

“Do ponto de vista dos factos e do apuramento da verdade, estas parecem-nos as questões mais prementes, mas há uma conclusão imediata que podemos tirar - a descrição, assumidamente verdadeira, da degradação e indecente conluio nas relações entre o poder politico e o poder económico na Madeira (muito semelhantes ao que acontece noutro governo socialista, o de Lisboa) é sinal claro da imperiosa necessidade de mudança política na região, em particular, com vista à eliminação do pecado original desta enorme trapalhada - o excessivo peso e influência do Governo Regional na nossa vida económica”, refere a Comissão Coordenadora Iniciativa Liberal Madeira.