Kiev reitera apelos sobre envio de material bélico estrangeiro
A Ucrânia pediu hoje aos países aliados de Kiev para "reforçarem de forma considerável" o abastecimento de material bélico para enfrentar as forças russas, sobretudo a Alemanha e a Turquia.
Os Exércitos de Berlim e Ancara possuem blindados Leopard que Kiev tem pedido insistentemente para fazer face à invasão da Rússia. "Apelamos a todos os Estados parceiros que já forneceram ou pretendem fornecer ajuda militar para reforçarem consideravelmente as contribuições", refere um comunicado conjunto dos ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da Ucrânia.
O apelo é lançado numa altura em que o responsável da União Europeia Charles Michel se encontra em Kiev para abordar a questão do armamento e na véspera da reunião do grupo de contacto para a Ucrânia.
Na sexta-feira os cinquenta países liderados pelos Estados Unidos, reúnem-se sexta-feira na base norte-americana de Ramstein, Alemanha, para coordenar a ajuda militar à Ucrânia.
Nos últimos dias, o Reino Unido anunciou o envio de veículos Challenger 2; a França deve abastecer a Ucrânia com os carros ligeiros AMX-10 RC e a Holanda mostrou disposição para enviar baterias terra-ar Patriot (fabrico norte-americano).
Hoje o governo da Suécia anunciou o envio de artilharia de campanha para as forças de Kiev.
Entretanto, o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, o ex-presidente Dmitri Medvedev, alertou o "Ocidente" contra o envio de armamento pesado à Ucrânia afirmando que a derrota russa numa guerra convencional pode provocar um conflito nuclear.
"Na base da NATO em Ramstein (Alemanha) os grandes líderes discutem novas táticas e estratégicas, assim como o abastecimento de novas armas e sistemas de ataque à Ucrânia. Isto acontece depois do Fórum de Davos onde foliões 'atrasados mentais' repetiram como um mantra:'para se conseguir a paz, a Rússia deve perder'", afirmou Medvedev ameaçando com a possibilidade de um agravamento da situação militar.
"E a nenhum desses miseráveis lhes ocorre retirar uma conclusão elementar: a derrota de uma potência nuclear numa guerra convencional pode provocar uma guerra nuclear", acrescentou.
As posições de Medvedev foram expressas através do sistema digital de mensagens Telegram.