Madeira

JPP vai propor apoio extraordinário de 10 cêntimos aos produtores de cana-de-açúcar

Rafael Nunes salientou que os apoios dados aos agricultores madeirenses provêm de fundos comunitários

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O JPP vai propor, na Assembleia Legislativa da Madeira, a criação de um apoio extraordinário de 10 cêntimos, pagos do Governo Regional, na compra de cada quilo de cana-de-açúcar ao produtor regional. Coube a Rafael Nunes dar conta desta intenção, esta manhã, numa conferência de imprensa no parlamento madeirense.

Na ocasião, o vice-presidente do grupo parlamentar do partido destacou que “aquele que verdadeiramente trabalha a terra pode vir a receber entre 42 a 45 cêntimos, dependendo, também, das negociações dos engenhos”. 

Esta posição surge na sequência das declarações proferidas pelo secretário regional de Agricultura, dando conta de que o Governo Regional iria aumentar aos apoios aos produtores de cana em dois cêntimos por quilo vendido. Para Rafael Nunes, as declarações não passam de "política barata” pois, “ou Humberto Vasconcelos não sabe ou Humberto Vasconcelos não quer que os produtores de cana saibam que o Governo Regional não dá qualquer tipo de apoio directo”, tendo esclarecido que “estes 32 cêntimos que serão pagos aos agricultores resultam apenas de fundos comunitários e do pagamento dos engenhos do sector privado”.

Para o JPP, esta é mais uma situação que prova a “impreparação na tutela da agricultura que promoveu uma confusão deliberada nos agricultores, principalmente os que trabalha, na cana-de-açúcar”, referiu.

“Vimos um Secretário Regional a propagandear que o Governo iria apoiar com dois cêntimos a compra de cana-de-açúcar, mas, de forma premeditada, não referiu que esses dois cêntimos não são apoio do orçamento da Região, mas sim, fundos do POSEI (Programa de Opções Específicas para fazer face ao Afastamento e à Insularidade), fundos estes que são comunitários", salientado que  "não existe qualquer tipo de apoio do Governo, zero cêntimos de apoio”.

Para o JPP é “urgente inverter esta situação, e são os próprios produtores de cana-de-açúcar que nos dizem que não serão estes dois cêntimos previstos de apoio comunitário que irão permitir que os agricultores combatam os custos da inflação, os aumentos que se sentem nos custos de produção”, salientou.