Biden classifica queda de helicóptero como "tragédia comovente"
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, lamentou hoje as vítimas da queda de um helicóptero sobre um infantário na periferia de Kiev, classificando-a como uma "tragédia comovente", indicou a Casa Branca num comunicado.
Um helicóptero dos Serviços de Emergência ucranianos que transportava o ministro do Interior, Denys Monastyrskyi, e a sua comitiva despenhou-se hoje de manhã sobre o recreio de um infantário em Brovary, uma zona residencial nos subúrbios da capital da Ucrânia, matando todos a bordo e ainda uma criança em terra, num total de 14 pessoas, segundo as autoridades, que registaram ainda 25 feridos, 11 dos quais menores.
"A Jill (primeira-dama dos Estados Unidos) e eu enviamos sentidas condolências às famílias dos que morreram na trágica queda de um helicóptero na Ucrânia esta manhã, incluindo o ministro da Administração Interna, Denys Monastyrskyi, e outros altos responsáveis governamentais ucranianos", lê-se no comunicado.
"Os nossos corações estão também com as dúzias de civis que morreram ou ficaram feridos, incluindo preciosas crianças, e com as suas famílias -- choramos com todos aqueles que estão de luto por causa desta tragédia comovente", declarou Joe Biden.
O chefe de Estado norte-americano deixou também um elogio ao "senhor Monastyrskyi e sua equipa, [que] estavam profundamente envolvidos na preservação da democracia da Ucrânia -- tanto na sua defesa contra a agressão russa, como no trabalho vital de reformas para fortalecer as instituições ucranianas durante esta guerra e para o futuro", resumindo: "Um reformista e um patriota, o senhor Monastyrskyi defendeu a vontade do povo ucraniano".
"Nós continuaremos a honrar esse legado através de esforços para consolidar as instituições da Ucrânia e da nossa inabalável parceria com o povo da Ucrânia para manter acesa a chama da liberdade", sublinhou.
"Hoje, rezamos por cura para os feridos e conforto para aqueles que perderam entes queridos", acrescentou, asseverando: "Os Estados Unidos estão com o povo da Ucrânia perante esta tragédia e durante o tempo que for necessário", indicou a Casa Branca.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 329.º dia, 7.031 civis mortos e 11.327 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.