Chanceler alemão aponta Pistorius como "pessoa certa" para Ministério da Defesa
O chanceler alemão, Olaf Scholz, confirmou hoje a nomeação do social-democrata Boris Pistorius como responsável pelo Ministério da Defesa do país, apresentando-o como "a pessoa certa" para liderar "a mudança de época" causada pela guerra na Ucrânia.
"Estou muito satisfeito por ter nomeado Boris Pistorius, um político destacado do nosso país, para o cargo de ministro da Defesa", disse Scholz num comunicado.
"Pistorius é um político extremamente experimentado, com experiência administrativa, há anos envolvido com política de segurança e, com a sua competência, assertividade e grande coração, é exatamente a pessoa certa para liderar o 'Bundeswehr' (Forças Armadas) nesta mudança de era", acrescentou o chanceler alemão.
O próximo ministro da Defesa da Alemanha é membro do partido social-democrata [SPD - do chanceler alemão, Olaf Scholz] e é ministro do Interior da Baixa Saxónia desde 2013. Antes de ser nomeado ministro do Interior da Baixa Saxónia, Pistorius foi autarca de Osnabrueck de 2006 a 2013, informou a agência de notícias alemã DPA.
Boris Pistorius terá que conduzir o projeto de modernização das Forças Armadas da Alemanha - tendo à disposição um fundo especial de 100 mil milhões de euros - e supervisionar a expansão das entregas de armamento para a Ucrânia.
O novo ministro da Defesa alemão, de 62 anos, deverá receber o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, que visita Berlim esta semana e, em seguida, sediar uma reunião dos aliados na base aérea de Ramstein, no oeste da Alemanha.
No domingo, os Governos alemão e francês terão reuniões bilaterais que incluem um encontro do conselho de segurança conjunto dos países.
Pistorius irá substituir Christine Lambrecht, que renunciou na segunda-feira após uma série de erros à frente do cargo, quando a Alemanha está sob pressão para fornecer mais armamentos pesados à Ucrânia.
As principais críticas contra a antiga ministra Christine Lambrecht relacionavam-se com a forma como a ministra pretendia modernizar as Forças Armadas, assim como as questões relacionadas com o abastecimento de armamento alemão à Ucrânia.