Capela da Boa Viagem com programação cultural de 30 mil euros em 2023
A Capela da Boa Viagem - núcleo difusor de arte e cultura contemporânea, situada, na Rua da Boa Viagem, no Funchal - irá acolher entre Janeiro e Dezembro de 2023: seis exposições, nove artistas, três oficinas, um concerto, duas conversas, 12 visitas orientadas, sete vídeos documentais, uma publicação, três apresentações de livro e a participação e envolvimento de três associações culturais.
Trata-se de "um investimento da Câmara Municipal do Funchal (CMF) superior a 30 mil euros", anunciou o presidente da autarquia durante a apresentação da programação das actividades culturais para este ano, que decorreu ao final da tarde desta segunda-feira, 16 de Janeiro, na Capela da Boa Viagem.
Assim, vão passar por aquele espaço, nove artistas com a curadoria de Hélder Folgado: Carolina Vieira, Laura Pilar Delgado, Miguel Ângelo Martins, Fernanda Botelho, Sara Rodrigues, Rodrigo Camacho, Dele Edeyemo, Catarina Braga e Miguel Ângelo Marques.
Na ocasião, o presidente da autarquia, que tem a seu cargo o pelouro da Cultura, ressalvou a importância de valorizar dos artistas locais e enfatizou a "aposta da CMF na cultura da cidade privilegiando os jovens talentos".
Por sua vez, o curador Hélder Folgado destacou o facto da Capela da Boa Viagem, fundada em 1655, fazer parte de uma plataforma nacional de Arte Contemporânea, divulgando desta forma os eventos culturais que estão a decorrer naquele espaço, "ligando o Funchal ao mundo".
‘Tudo o que Foi/Tudo o que Será’
Além da apresentação da programação dos eventos culturais, foi inaugurada, esta tarde, uma exposição da jovem artista madeirense, Carolina Vieira, intitulada ‘Tudo o que Foi/Tudo o que Será’, que ficará patente ao público, na Capela da Boa Viagem, até 10 de Março.
A artista apresenta pinturas numa alusão aos elementos naturais: a pedra, o vento a água, o sol e a lua.
Carolina Vieira, nasceu em 1994, no Funchal, licenciada em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e Mestre em Pintura pela mesma instituição.
Expõe regularmente desde 2015, tendo participado e vencido o Prémio Rainha Isabel de Bragança, no XXIX Salão de Primavera do Casino Estoril, em 2016.
A sua prática artística utiliza a paisagem para explorar aspetos materiais da própria pintura – composição, forma, transparência, luz e cor – como também a utiliza por ser uma linguagem que permite trabalhar conceitos imateriais como o sublime, através da construção de imagens que são tanto lugares imaginados, como reais.