Zelensky impõe sanções a 198 personalidades da cultura e dos 'media' russos
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje a imposição de sanções a outras 189 personalidades da cultura e dos 'media' russos, que agora ascendem a 317 nomes abrangidos pela medida sancionária.
Este novo pacote inclui o realizador de cinema Andrei Konchalovski, que, entre várias obras, dirigiu os filmes "Tango & Cash", "Siberiada" ou "Expresso para o inferno".
O documento 23/2023 proveniente da presidência valida desta forma uma decisão do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia para impor "medidas especiais pessoais restritivas económicas e de outra índole" durante dez anos a cidadãos na sua maioria russos, indicou a agência noticiosa ucraniana Ukinform.
Entre os nomes da lista estão o 'blogger' russo Dimitri Puchkov, conhecido como 'Goblin', o político Sergei Stankevich, o produtor da televisão russa Zvezda Boris YAnovski, a apresentadora de televisão Yana Rudovska e o ator e apresentador Boris Korchevnikov.
Na nova lista figuram ainda o crítico musical e jornalista Sergei Sosedov, o sociólogo Yevhen Kopatko, o diplomata e politólogo Rodion Miroshnkik, o propagandista e publicista Vladimir Kornilov, o jornalista desportivo Dimitri Guberniev, ou a ucraniana e ex-apresentadora de televisão Diana Panchenko.
No passado dia 07 de janeirol Zelensky sancionou outras 119 personalidades russas, onde se incluem alguns nomes famosos e três pessoas com cidadania ucraniana. Entre os visados incluíam-se Irina Allegrova, cidadã ucraniana, a apresentadora de televisão Zhanna Badoeva, o cantor Dimitro Bilan, a apresentadora de televisão Dana Borisova e o cantor Oleksander Buinov.
As sanções também mencionam o futebolista ucraniano Anatoli Timoshchuk, que continua a ocupar o cargo de treinador-adjunto do Zénite de São Petersburgo após a invasão russa, a cantora Larisa Dolina, o ator Dimitro Diuzhev, a cantora Victoria Daineko, o ator Dimitro Jaratian ou o cantor Pilip Kirkorov.
Em dezembro, Zelensky tinha já imposto sanções a 13 religiosos da Igreja ortodoxa ucraniana, incluindo o metropolita Luka de Zaporijia e Melitopol, e o metropolita Pantaleão de Lugansk e Alchevsk, que incluem a privação da nacionalidade ucraniana.
A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 é justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.