Dois combatentes palestinianos mortos em raide israelita na Cisjordânia ocupada
Dois combatentes palestinianos do movimento Jihad Islâmica foram ontem mortos em confrontos com soldados israelitas que efetuavam um novo raide na Cisjordânia ocupada.
Os dois homens, ambos com cerca de 20 anos, foram mortos em Jaba, uma pequena cidade a sul de Jenin, norte da Cisjordânia, indicaram o ministério da Saúde palestiniano e a Jihad Islâmica.
Em comunicado, o braço armado da Jihad Islâmica lamentou a morte dos seus "mártires heroicos", quando tentavam interpor-se "às forças de ocupação quando estas pretendiam efetuar uma cobarde operação de assassinato".
Por sua vez, o Exército israelita disse ter promovido uma operação "antiterrorista" perto de Jaba e na qual "suspeitos abriram fogo com balas reais contra os soldados [israelitas] a partir de um veículo em movimento".
"Os soldados ripostaram com balas reais" e atingiram duas pessoas, acrescentou o texto.
Um terceiro palestiniano, de 19 anos, atingido por disparos israelitas em 02 de janeiro, também morreu hoje após não resistir aos ferimentos.
Estas novas mortes aumentam para 12 o número de palestinianos mortos desde o início deste ano por forças militares ou civis israelitas na Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel desde 1967.
Na sequência de uma vaga de ataques anti-israelitas em março e abril de 2022, o Exército judaico multiplicou as operações nos setores de Jenin e Nablus, bastião das fações palestinianas armadas.
O ano de 2022 foi o mais mortífero na Cisjordânia após o final da Segunda Intifada, o levantamento palestiniano de 2000 a 2005, indicou a ONU.
De acordo com a agência noticiosa AFP, o conflito israelo-palestiniano em 2022 provocou pelo menos 201 mortos palestinianos (incluindo 150 na Cisjordânia) e pelo menos 26 israelitas.