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Pedro Sanchez e Alberto Feijóo iniciam pré-campanha para eleições de 28 de Maio em Espanha

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O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, iniciou a pré-campanha para as eleições de 28 de maio afirmando não permitir "um único retrocesso" no direito das mulheres a decidirem livremente.

Já o líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, apelou à mudança contra o "sanchismo".

As duas mensagens marcaram as ações dos dois dirigentes no fim de semana para apoiar os seus candidatos para as eleições regionais e municipais de 28 de março.

A partir de Sevilha, o secretário-geral dos socialistas referiu-se à controvérsia sobre as medidas antiaborto anunciadas em Castela e Leão e assegurou que com os governos socialistas "haverá progresso" em benefício das mulheres e não será permitida qualquer regressão nos seus direitos de decidir livremente quando são mães e quando não o são.

Para Pedro Sánchez, o que está a acontecer em Castela e Leão "com esta coligação de medo entre o PP e Vox" deixou claro que "a direita decide que caminho tomar" e "é o que marca a extrema-direita".

De Saragoça, o líder do PP apelou ao seu partido para "ganhar" e "não empatar" e advertiu que "qualquer voto para os candidatos de sanchismo" significa "apoiar" o atual presidente.

Alberto Feijóo salientou também que o PP não quer liderar "qualquer bloco de partidos", mas sim governar em maioria, distanciando-se assim do Vox sem o nomear.

"Vamos sair para ganhar, não para especular sobre o resultado. Aspiramos a governar com maioria, não a sermos minorias influentes nem deixar-nos sujeitar pelas minorias que nos rodeiam", sublinhou.

Os restantes partidos também começaram a mobilizar-se, como o Podemos. Em Madrid, a ministra dos Direitos Sociais, Ione Belarra, classificou a parte socialista do governo como uma "força conservadora", que, disse, "não se importa de fazer pequenas mudanças, mas não quer mudar de raiz o sistema económico".

Opondo-se a eles, disse, está o Podemos, uma força política que, nas suas palavras, "pôs sobre a mesa as transformações mais profundas que vão mudar" o país.

A segunda vice-presidente do Governo e ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, comparou Alberto Feijóo ao presidente da associação patronal catalã "Foment del Treball", Josep Sánchez Llibre, assegurando que, para ambos, "o que favorece o povo lhes parece mau".