Ao ponto que isto chegou
Na sinistralidade rodoviária, na negligência médica e na gestão do dinheiro público a Madeira também bateu no fundo
Boa noite!
No dia em que o reforço da segurança rodoviária no Funchal foi tema de capa no DIÁRIO, a cidade assistiu incrédula a um atropelamento com fuga em plena baixa e viu mais um carro em contramão a gerar acidente aparatoso na via rápida. Ao que chegou o povo dito superior numa Região que passou a liderar o aumento de acidentes de viação.
No dia em que revelamos “a dor sem fim” decorrente de uma operação cirúrgica falhada que obrigou Rosa Silva a amputar uma perna, cidadã que continua à espera da prometida prótese num drama gerido em silêncio pelo SESARAM, o País ficou a conhecer que vários doentes terão morrido no Hospital Amadora-Sintra e outros terão ficado com órgãos amputados sem necessidade. A denúncia foi feita pelo ex-diretor de serviço de cirurgia geral. Ao que chegou a Saúde em Portugal depois de já ter batido no fundo à conta do caos na obstetrícia, na falta de médicos de família e nas infindáveis listas de espera.
No dia em que foram conhecidas novas regras para chegar ao Governo, que na Região foram catalogadas de “palhaçada”, ficámos a saber que o circo em torno das Sociedades de Desenvolvimento já implicou gastos que perfazem um total de 320 milhões de euros, verbas que seriam suficientes para a construção do novo hospital. Um capricho a que se juntam ordenados mensais pornográficos, superiores aos auferidos pelo Presidente da República e Primeiro-Ministro. Ao que chegou a alienação do executivo, a falta de bom senso e a completa ausência de noção do ridículo.
Informação de última hora. A mensagem inqualificável enviada, hoje, para o meu telemóvel pelo ainda presidente do Nacional será remetida à Polícia Judiciária, acompanhada do ‘Boa Noite’ de ontem. Já agora, como pelos vistos toquei num tema sensível, também importa saber o que é feito de outra contratação misteriosa, a de Alex Costa, apresentado em Julho passado como reforço do plantel de futebol profissional do CD Nacional – Futebol SAD para a temporada 2022/2023. O defesa central brasileiro, de 23 anos, assinou então um contrato válido por quatro temporadas. Há clubes em que o tempo passa rápido.